Segundo a Polícia, muitos pacientes estavam amarrados às camas de cimento, sem alimentação e sem acompanhamento médico ou psicológico
A Polícia Civil encontrou uma segunda clínica clandestina mantida por um casal de pastores, em Anápolis. Segundo a corporação, 43 pessoas eram mantidas sob tortura, em cárcere e sem alimentação. O local foi descoberto na quinta-feira (31), após uma operação da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso localizar a primeira clínica, que, segundo a PC, era semelhante a um “campo de concentração”. No lugar, os agentes resgataram 50 homens mantidos em situação precária e degradante.
A segunda clínica foi localizada após familiares das vítimas procurarem a delegacia e relatarem que não encontraram os parentes entre os resgatados. Assim, os agentes fizeram diligências e conseguiram encontrar o segundo local.
De acordo com o delegado Manoel Vanderic, responsável pelas investigações, outras 43 pessoas eram mantidas trancadas em um local pequeno. “Muitos estavam amarrados às camas de cimento, sem alimentação e medicação, sem acompanhamento médico ou psicológico. As vítimas estavam bastante debilitadas. A maioria possui deficiência intelectual e estava em surto”, disse o investigador.
Ainda segundo o delegado, dois funcionários do local fugiram ao notar a presença da Polícia. Eles já foram identificados e serão responsabilizados. As vítimas foram encaminhadas para instituições de assistência social de Anápolis.
Primeira clínica clandestina
Mais de 50 pessoas com idades entre 14 e 96 anos foram resgatadas com graves ferimentos e em estado de desnutrição em uma espécie de “campo de concentração”, em Anápolis. A ação policial ocorreu na terça-feira (29) e prendeu seis pessoas responsáveis pela clínica clandestina.
Fonte: Mais Goiás