Partido espera que o ditador Nicolás Maduro ‘continue o diálogo’ com a oposição, apesar de o chavista ter prendido rivais
A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) afirmou, em nota divulgada na noite desta segunda-feira, 29, que as eleições na Venezuela foram “pacíficas, democráticas e soberanas”.
O pleito terminou sem a contagem total dos votos, e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) se negou a apresentar as atas necessárias para comprovar a ideoneidade das eleições. No anúncio do resultado, o órgão apenas comunicou a vitória do ditador Nicolás Maduro.
A oposição acusou o CNE de estar mancomunado com o chavista e disse ter provas da vitória de Edmundo González. Em resposta, Maduro expulsou embaixadores de países que não reconheceram sua eleição e chamou os manifestantes que protestaram contra o chavismo de “drogados e armados”.
PT ressalta laços com Maduro
O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de Maduro continuar o “diálogo” com a oposição, de maneira a superar os desafios enfrentados pela Venezuela.
Apesar das declarações do PT, a ditadura venezuelana prendeu dezenas de opositores e excluiu os principais concorrentes da disputa eleitoral. Assim como a Corte Suprema da Venezuela, os órgãos responsáveis por promover e fiscalizar as eleições estão sob o comando de Maduro.
Confira a nota do PT sobre as eleições na Venezuela
“O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana. Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais. O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa.”