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Fazendeiro é preso por matar caseiro e fingir que houve suicídio em Nova Iguaçu

Um fazendeiro de 37 anos é suspeito de matar o caseiro que trabalhava para ele e, em seguida, mentir que tinha havido um suicídio. O crime aconteceu no dia 19 de novembro, na fazenda Canastra, situada em Nova Iguaçu de Goiás. Nesta quinta-feira (9), a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão contra o proprietário rural.

De acordo com as investigações, o caseiro era um conhecido antigo do fazendeiro. Porém, eles só haviam começado a trabalhar juntos há cerca de dois meses antes do crime. A polícia afirma que a boa relação entre os dois só se estremeceu depois que o caseiro descobriu que o patrão dele havia furtado alguns porcos da fazenda vizinha.

O delegado do caso, Fernando Martins, explica que, na época do furto, apenas o dono dos animais registrou uma denúncia do caso. Porém, a vítima desistiu do processo, pois ficou com medo de represálias do suspeito.

Apesar de o caso de furto não ter seguido em diante na época, o caseiro soube da notícia. “Não teve nenhuma discussão entre a vítima e o suspeito pelo que a gente sabe. O que a gente soube é que o caseiro gostava de tomar uma cachacinha. Um dia ele estava num bar e acabou falando alto que sabia que o patrão tinha furtado esses porcos. Logo depois disso, a vítima morreu”, disse o delegado.

Suspeito de matar caseiro e depois forjar suicídio da vítima nega os fatos

Segundo a polícia, o fazendeiro matou o caseiro pois a vítima sabia da história dos porcos e estava comentando sobre ela. Ele teria entrado na residência onde o funcionário vivia e o assassinou com dois tiros de arma calibre 32. Os disparos atingiram a cabeça e o peito do caseiro. No entanto, o suspeito nega o crime.

O fazendeiro alega que acordou pela manhã e notou que o caseiro demorava para se levantar. Por isso, foi até a casa chamá-lo e, ao não obter respostas, arrombou a porta e encontrou o homem morto com os tiros.

Ao invés de acionar a polícia, o suspeito removeu imediatamente o corpo do local e levou à uma funerária. À polícia, ele admite que a arma é dele, mas, afirma que se distraiu e a deixou em cima de uma mesa. Com isso, possivelmente, o caseiro a pegou para tirar a própria vida.

Investigação

De acordo com a polícia, a funerária estranhou ter recebido o corpo do caseiro sem que ele passasse pelo Instituto Médico Legal (IML). Por isso, encaminhou o corpo ao órgão para perícia. Assim, os peritos investigaram a causa da morte e constataram que não havia sido um suicídio, conforme havia dito o fazendeiro.

Os laudos cadavéricos apontam que, pelo calibre da arma, seria impossível que o caseiro efetuasse mais de um disparo. “Só com um disparo ele já morreria. Se atirasse na cabeça, ia morrer na hora e não ia conseguir atirar no peito. Se atirasse no peito, também não ia conseguir atirar na cabeça depois. É impossível”, explicou o delegado.

Além disso, o delegado afirma que, também pelo calibre da arma, é impossível que algum disparo seja feito sem que alguém proximo escute. “Eles não vivem em casas tão distantes. Com certeza, se alguém efetua o disparo, o vizinho vai ouvir. Mas, ele nega, diz que não ouviu nada”, afirma.

Outro ponto contrastante entre a versão do suspeito e a investigada pela polícia, é o fato de que o fazendeiro foi a única pessoa que viu o corpo no quarto. “Só ele viu o corpo lá e imediatamente já enviou para a funerária, nem foi pro IML”, diz o investigador.

Prisão

Diante dos fatos, a Justiça concedeu o direito da polícia de prender o fazendeiro de forma preventiva. Além do homicídio, a polícia também irá apurar a respeito do furto dos porcos. Documentos e itens apreendidos durante as buscas na casa também deverão ajudar na investigação.

Fonte: MAis Goiás

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