Os mercenários russos do Grupo Wagner, que atua como braço armado do ditador Vladimir Putin, estão colocando a vida de seus próprios soldados em risco. As estratégias do grupo estão sendo consideradas “cruéis”:
- Soldados com pouco ou nenhum treinamento e mal equipados são usados para atacar posições no oeste da Ucrânia;
- Metade dos recrutados morreram ou foram feridos. Quase a totalidade do contingente do grupo paramilitar russo é formado por homens que estavam presos, quando o conflito iniciou;
- Foi prometido aos homens recrutados que, caso sobrevivam, suas penas seriam extintas após seis meses de serviço militar;
- Em caso de deserção ou recuo no front, os soldados foram ameaçados de execução.
De acordo com as estimativas ucranianas, somente na ofensiva contra Bakhmut, cerca de 20 mil homens do Grupo Wagner morreram ou foram feridos em combate. A inteligência britânica estima que aproximadamente metade dos 40 mil condenados que se alistaram ao Wagner foi morta ou ferida nos combates em Bakhmut e na cidade de Soledar.
Já os EUA afirmam que cerca de 10 mil profissionais contratados pelo Wagner e enviados para a Ucrânia têm sido utilizados de maneira mais cautelosa, não sendo submetidos ao que observadores internacionais têm chamado de “moedor de carne”.
O The New York Times disse que militares ucranianos revelaram que os mercenários utilizados no front pelo Grupo Wagner se dividem em funções específicas, mapeadas pelo comando militar de Kiev. Por meio de interceptações telefônicas e de um documento escrito encontrado no bolso de um soldado morto, os militares ucranianos concluíram que os soldados-detentos são advertidos que a pena para a deserção ou o recuo é a morte.
Fonte: revista Oeste