Cultura responde por metade da produção de grãos do país
O Brasil faturou US$ 4,3 bilhões com as exportações de soja in natura no mês de agosto. É a maior receita do país com o mercado externo no período, de acordo com os dados do governo federal.
A cifra com as exportações de soja do Brasil corresponde a um crescimento de 15% sobre o mesmo período do ano anterior e 14% de toda a receita do país com o mercado externo no mês. País é o maior produtor e exportador desse grão no planeta. Por volta de 60% de toda produção nacional vai para o mercado externo — e o principal cliente brasileiro é a China.
Anualmente, os chineses consomem cerca de 115 milhões de toneladas do grão. E a produção local é de 20 milhões de toneladas. Assim, o gigante asiático precisa do mercado externo para suprir a demanda interna. O país importou 100 milhões de toneladas em 2022 — cerca de 55% foi comprado do Brasil. Assim, existe uma relação de interdependência entre as duas nações.
As exportações de soja para China
A China precisa das exportações de soja do Brasil para fazer frente à demanda interna. E os agricultores brasileiros encontram mercado nas importações chinesas para seguir com a superprodução.
Com a produção brasileira estimada em 155 milhões de toneladas, esse segmento responde por metade de toda produção de grãos do país. Assim, essa cultura lidera o agronegócio nacional.
Aplicações
O impulso da demanda ocorre em razão das várias aplicações. Com soja é possível, por exemplo, fazer alimentos como óleos, molhos, farinhas e massas. Sua utilidade, contudo, extrapola a utilidade para a indústria de nutrição humana.
Esse grão também é usado na nutrição de animais como aves e suínos. E os chineses mantêm o maior rebanho de porcos do mundo para servir de fonte de proteína animal para a população local. Além disso, as exportações de soja do Brasil também abastecem com insumos outras indústrias pelo mundo. Entre elas: de higiene e produtos automobilísticos, como o pneu.
Fonte: Revista Oeste
