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Assassinatos, prisões, torturas e estupros. Relatório descreve a perseguição política na Venezuela

Em 2022, uma nova pessoa, instituição ou empresa foi vítima de perseguição política a cada 16 horas na Venezuela. É o que demonstra o Centro de Justiça e Paz (Cepaz) em relatório divulgado na última quarta-feira, 24.

Segundo o levantamento, 523 casos de perseguição e criminalização ocorreram no país sul-americano de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano passado. De acordo com a equipe responsável pelo relatório, os atos atendem a uma única demanda: manter um ditador no poder.

“Os dados colhidos no relatório de encerramento do ano passado demonstram, mais uma vez, que esses atos fazem parte de uma política de Estado aplicada para garantir a permanência no poder de Nicolás Maduro”, informa o Cepaz em nota oficial.

Ainda de acordo com o Cepaz, as perseguições a opositores de Maduro se dão das formas mais perversas possíveis. “Parece haver motivos razoáveis ​​para supor que a política de perseguição e criminalização tenha sido cometida em conjunto com outros crimes contra a humanidade, como assassinatos, prisões, torturas e estupros.”

Ditador da Venezuela no Brasil

nicolás maduro - brasil
O ditador Nicolás Maduro | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sucessor de Hugo Chávez, Maduro está no poder venezuelano há dez anos. Organismos internacionais, contudo, contestam a liderança dele. Mais de 50 membros da Organização das Nações Unidas, por exemplo, não reconhecem Maduro como um legítimo chefe de Estado.

Além disso, os Estados Unidos divulgam que quem ajudar com informações para a captura de Maduro receberá recompensa de US$ 15 milhões. Segundo as autoridades norte-americanas, o ditador venezuelano é responsável, entre outros crimes, por corrupção e tráfico de drogas.

Apesar disso, Maduro desembarcou no Brasil nesta segunda-feira, 29. A saber, militares o receberam com direito a continência no Aeroporto de Brasília. Por fim, Maduro cumprimentou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e subiu a rampa do Palácio do Planalto.

Fonte: Revista Oeste

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