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Mercado indica alta da inflação em 2024 pela 2ª semana seguida

Economistas acreditam que a inflação no Brasil deve fechar o ano em 3,79%; na semana passada, o valor era de 3,77%

De acordo com dados do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta terça-feira, 19, a estimativa do mercado para a inflação no país foi elevada pela segunda vez seguida. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar o ano em 3,79%. Na semana passada, a projeção era de 3,77%.

Ao todo, 150 economistas são consultados pelo BC para a elaboração do relatório, que é divulgado semanalmente. Para 2025, a projeção do IPCA também registrou alta, chegando a 3,52%. Na semana anterior, era de 3,51%. Para 2026, o índice esperado permaneceu em 3,50%.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou uma meta de 3% para este ano, mas há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Para alcançar a meta da inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Essa taxa foi definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Já a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) que consta do Boletim Focus desta semana é de 1,80% para 2024. Na semana passada, a estimativa era de 1,78%, na anterior de 1,77% e, há um mês, de 1,68%. 

O Ministério da Fazenda projeta um crescimento de 2,2% para o PIB neste ano. As previsões para 2025 e 2026 permanecem estáveis em 2%, alinhadas com os números das semanas anteriores.

Aumento da inflação atinge investimentos

A edição de 5 de fevereiro do Boletim Focus indicava uma expectativa de 3,76% para a inflação de 2024, número menor do que o divulgado nesta semana. Com os aumentos frequentes, a rentabilidade da caderneta de poupança ficou negativa em 0,29%, interrompendo a sequência de ganhos reais desde fevereiro do ano passado.

Nos últimos meses, a poupança tem registrado recorde de retirada. O movimento ocorre em meio aos juros elevados, que reduzem a competitividade da poupança perante outros investimentos. Os saques também refletem o grau de endividamento da população.

Fonte: Revista Oeste

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