Fabio Wajngarten, advogado e assessor de Jair Bolsonaro, foi às redes sociais para criticar o vazamento de dados bancários e de movimentações financeiras do ex-presidente, relacionados aos recebimentos via Pix.
“São inadmissíveis os vazamentos de quebras de sigilos financeiros de investigados no inquérito de 8/1 e ou de qualquer outra investigação sigilosa”, escreveu Wajngarten no Twitter.publicidade
O advogado ainda afirmou que a defesa de Bolsonaro vai adotar medidas judiciais para criminalizar os responsáveis pelo vazamento. “Faz-se necessário identificar quem está entrando na tal sala-cofre para que as medidas judiciais sejam tomadas. Quem vazou será criminalizado.”
Na quinta-feira 27, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou movimentações financeiras nas contas de Bolsonaro. Os dados foram obtidos a partir de uma vazamentos de informações de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Conforme o relatório, Bolsonaro recebeu nas contas bancárias R$ 17,1 milhões, via Pix, entre 1º de janeiro e 4 de julho deste ano.
Uma possível explicação para os valores é a vaquinha promovida por seus apoiadores para pagar multas processuais. A quantia foi depositada por meio do Pix do ex-presidente.
Em 26 de junho, o ex-presidente disse ter levantado o suficiente para pagar suas condenações na Justiça. “A massa contribuiu com valores entre R$ 2 e R$ 22”, disse, ao prometer divulgar o valor, em algum momento. “Foi voluntário.”
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro é a responsável por determinar ao Banco Central o envio do relatório do Coaf. As informações estavam sob posse dos membros da CPMI.
A campanha de doações via Pix para o ex-presidente começou depois do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral que o deixou inelegível. Parlamentares do PL, sigla de Bolsonaro, foram os que mais movimentaram a campanha.
Fonte: revista Oeste