Voos para outras cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina serão ampliados
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decretou nesta terça-feira, 14, a suspensão da venda de passagens com origem ou destino ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, por tempo indeterminado.
A medida ocorre dias depois de a capital do Rio Grande do Sul ser atingida pela maior enchente de sua história. Com os temporais, o único aeroporto da cidade foi fechado devido à inundação.
A suspensão inclui todas as formas de comercialização, inclusive por meio de agências de viagem e outros intermediários.
Segundo a Fraport, concessionária que administra o aeroporto, a avaliação completa dos danos só será possível depois do recuo das águas, que tomaram o 1° pavimento, a pista e o estacionamento. Todos os voos estão suspensos desde o dia 3 de maio.
Como plano de contingência, o governo federal anunciou uma malha aérea emergencial na última sexta-feira, 10.
A primeira fase do plano inclui 116 novos voos semanais, com 88 no Rio Grande do Sul e 28 em Santa Catarina, que abrange aeroportos regionais e o terminal de Florianópolis.
A Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, também recebe aeronaves com mantimentos e equipamentos, em uma operação que exige adaptações logísticas.
A previsão é que a base opere até cinco voos diários. Além disso, Chapecó, em Santa Catarina, tem se adaptado para receber aeronaves de maior porte.
A expansão da malha aérea já começou. No sábado 11, as companhias aéreas Gol, Latam e Azul implementaram novos voos para Passo Fundo, Santo Ângelo e Caxias do Sul.
Na segunda-feira 13, foram adicionadas viagens extras para Passo Fundo, Santo Ângelo, Santa Maria, Uruguaiana e Caxias do Sul.
A primeira fase da expansão inclui voos adicionais semanais para Canoas, Caxias do Sul, Florianópolis, Passo Fundo, Jaguaruna, Pelotas, Uruguaiana, Santo Ângelo e Santa Maria.
Remarcação de passagens para Porto Alegre
Em relação aos voos para Porto Alegre, a Anac afirmou que as companhias aéreas não podem cobrar taxas pela remarcação de voos para datas com diferença de até um ano da original.
“O reembolso ou crédito por cancelamento de voos com destino final alterado será total, sem cobrança de taxas”, destacou a empresa, em comunicado.
A prioridade é para remarcação de passageiros com voos de volta pendentes.
“As empresas aéreas devem se empenhar para, dentro do possível, transportar os passageiros para o aeroporto mais próximo do local de interesse deles”, acrescentou.
A empresa disse ainda que a opção de reembolso do valor da passagem deve ser oferecida ao passageiro pelas empresas também em dinheiro, e não apenas em crédito para utilização futura.
A Defesa Civil informou que, até esta terça-feira, mais de 2,1 milhões de pessoas em 446 municípios foram afetadas pelas enchentes.
Desse total, pelo menos 79,4 mil estão em abrigos e outras 538,2 mil na casa de amigos, parentes e conhecidos.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Força Aérea Brasileira (FAB) declarou que a interdição do aeroporto de Porto Alegre está vigente oficialmente até 30 de maio, podendo ser estendida se solicitado pela concessionária, o que ainda não ocorreu.
Fonte: Revista Oeste