O Banco Central da Argentina anunciou nesta quinta-feira, 16, uma nova alta na taxa de juros praticados no país. Chamada de Leliq, o indicador saltou para 78% ao ano, aumento de 3 pontos percentuais. Esse é o maior patamar desde 2019, ainda sob o governo de Mauricio Macri.
Desde que assumiu, em 2020, Alberto Fernández e sua vice-presidente Cristina Kirchner tentaram promover uma queda forçada nos juros. No período, as taxas que estavam acima de 80% (em 2019) caíram para abaixo dos 40% até o ano passado.
No entanto, um repique inflacionário obrigou a uma mudança nos rumos. Fernández tentou segurar a taxa de juros no patamar de 75% desde setembro de 2022, mas o avanço da inflação, a despeito dos juros elevados, fez com que o Banco Central da Argentina apertasse o cinto novamente.
nflação é a maior desde 1991
A Argentina superou, depois de 31 anos, a marca de 100% de inflação, no acumulado de 12 meses. Os dados foram divulgados na terça-feira 14 pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). A última vez que o índice chegou ao patamar de três dígitos foi em 1991 — quando atingiu 115%.
Apenas em fevereiro, a inflação teve uma variação de mais de 6%, puxada pela alimentação (9%), seguida de comunicação — contas de celular, por exemplo, (7%) — e hotéis e restaurantes (7%). Todos esses itens ficaram acima da média do índice.
Fonte: Revista Oeste