Documento votado nesta terça-feira, 12, quer a libertação imediata e incondicional de todos os reféns
A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta terça-feira, 12), uma resolução exigindo um cessar-fogo humanitário imediato na guerra entre Israel e o Hamas.
Foram 153 votos a favor, incluindo o Brasil, 10 contrários e 23 abstenções. Antes da votação do texto, duas emendas, uma dos Estados Unidos e outra da Áustria, não conseguiram o número mínimo de votos a favor. O Brasil se absteve na votação das duas propostas.
Nenhum dos 193 países-membros tem poder de veto na Assembleia-Geral, e era necessário maioria de dois terços.
Israel rejeita resolução da Assembleia-Geral da ONU
O governo de Israel deixou claro que não vai cumprir a resolução. “Esse é um texto hipócrita”, afirmou Gilad Erdan, embaixador do país na ONU. Ele acusou o texto de não condenar o Hamas.
Para ele, uma trégua “só prolongará a morte e a destruição na região”. “Um cessar-fogo só beneficiará os terroristas que roubam a ajuda humanitária para si mesmos”, disse ele.
O diplomata insistiu que o cessar-fogo seria uma “sentença de morte para um número incontável de israelenses e habitantes de Gaza”.
Libertação de reféns
A resolução aprovada pela Assembleia da ONU também exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns e que Israel e Hamas cumpram o direito internacional, especialmente em relação à proteção de civis.
As resoluções da Assembleia-Geral não são vinculativas, ou seja, não têm a obrigação de serem cumpridas, mas têm peso político e refletem opiniões no mundo sobre a guerra na Faixa de Gaza.
O voto ocorre poucos dias depois que, no Conselho de Segurança da ONU, o governo dos Estados Unidos foi o único a vetar uma proposta que pedia um cessar-fogo.
Para o governo norte-americano, a proposta significa dar vitória ao Hamas e “plantar a semente” de um novo ataque no futuro contra Israel.
Fonte: Revista Oeste