Um ataque com mísseis russos matou duas pessoas em Kiev nesta terça-feira (18), quando Moscou atacou instalações de energia ucranianas, causando explosões, incêndios e falta de energia.
Fumaça espessa subiu ao céu depois que várias explosões ocorreram no norte de Kiev, onde há uma usina termelétrica, disseram testemunhas à Reuters.
O fornecimento de eletricidade foi interrompido para algumas partes de Kiev por causa de “danos a um objeto de infraestrutura vital”, mas depois foi restaurado, disse a empresa de energia DTEK.
A promotoria da cidade de Kiev informou que duas pessoas morreram e outra ficou ferida nos ataques à capital, e abriu uma investigação sobre uma possível “violação das leis e costumes de guerra”.
“A Ucrânia está sob ataque dos ocupantes [russos]. Eles continuam a fazer o que fazem de melhor – aterrorizar e matar civis”, escreveu o presidente Volodymyr Zelenskiy no aplicativo de mensagens Telegram.
Ataques
Ele disse que os ataques aéreos russos destruíram 30% das usinas de energia da Ucrânia desde 10 de outubro e que Moscou será responsabilizada por suas ações.
Autoridades locais disseram que instalações de energia foram atacadas em Kharkiv, no Nordeste da Ucrânia, nesta terça-feira, e um ataque a uma instalação de energia na cidade de Dnipro, no Sudeste, causou o que o governador regional Valentyn Reznichenko chamou de “danos graves”.
Um ataque aéreo deixou a cidade de Zhytomyr, no Norte, sem água e eletricidade, disse o prefeito, e um míssil russo atingiu um prédio de apartamentos na cidade portuária ucraniana de Mykolaiv. Zelenskiy disse que um homem foi morto no ataque.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, nega atacar civis deliberadamente, embora tenha atingido repetidamente cidades densamente povoadas em todo o país. O país diz que tem como alvo apenas a infraestrutura militar e energética.
Cinco pessoas morreram em um ataque russo a um prédio residencial em Kiev na segunda-feira (17), disseram autoridades ucranianas, uma semana depois que a Rússia lançou seus ataques aéreos mais pesados desde os primeiros dias da guerra.
Fonte: Agência Brasil