Na última segunda-feira (24/1), começou a funcionar o serviço Valores a Receber, sistema que permite que pessoas e empresas consultem se têm dinheiro esquecido a receber em bancos e demais entidades. O Banco Central (BC) estima que o valor total de recursos deixados por clientes em contas e que devem ser devolvidos pelos bancos e instituições financeiras chegue a R$ 8 bilhões.
A consulta pode ser feita na página Minha Vida Financeira, dentro do site do BC, usando o CPF ou CNPJ da empresa. Segundo o Banco Central, as informações disponibilizadas no novo serviço são de responsabilidade das próprias instituições.
Na época do anúncio do sistema, em junho de 2021, o órgão disse que é comum que as pessoas não saibam ou não se lembrem da existência dos saldos. “Os saldos a receber podem ser de pequeno ou grande valor, mas pertencem aos cidadãos que agora possuem uma forma simples e ágil para receber esses valores”, afirmou o BC em nota.
As pessoas físicas e jurídicas que têm valores a receber poderão solicitar o resgate via Pix no Registrato, sistema do BC em que a população pode consultar informações financeiras como empréstimos em seu nome, dívidas com órgãos públicos, entre outras.
Segundo o BC, a partir da terça-feira (25/1), as instituições autorizadas que tenham valores a devolver receberão documento com os dados dos usuários que já solicitaram a devolução com indicação de chave Pix, e terão dez dias úteis para fazer a transferência.
“No caso das instituições que não aderiram ao Termo de Adesão, a devolução deverá ser feita na forma acordada entre as partes após o contato do usuário pelos canais da instituição informados no sistema”, disse o BC.
Como solicitar ou realizar consulta
A consulta e a devolução de valores estão divididas em duas fases. Na primeira etapa, já disponível, são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos, com recursos de conta corrente ou poupança encerradas com saldo disponível, além de tarifas, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente (com devolução prevista em termo de compromisso do banco com o BC).
Também estão incluídos nessa fase cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito, assim como recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Fonte: JOrnal O HOje