Em visita ao Pará, ex-presidente volta a reclamar de perseguição política e diz que vai mexer no partido: ‘Não dá para passar a mão na cabeça de marginais’
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira, 16, que será candidato à Presidência em 2026. A fala veio depois de o líder do seu partido, Valdemar Costa Neto, citar o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o preferido caso o ex-presidente não possa concorrer.
Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São duas condenações por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Bolsonaro: “inelegibilidade é perseguição”
Em entrevista à rádio Auri Verde Brasil, de Bauru, Bolsonaro disse que a inelegibilidade é perseguição. “O candidato para 2026 é Jair Messias Bolsonaro. Estou inelegível! Por quê? Que abuso de poder econômico é estar no carro de som do pastor Malafaia? Isso é perseguição.”
O ex-presidente disse que, caso continue inelegível até a próxima eleição presidencial, desistirá e deixará de acreditar no Brasil. “Eu só tenho um caminho, antes que me matem ou façam algo pior.”
Ao jornal O Globo, Valdemar Costa Neto disse que Tarcísio seria o “melhor nome” para o PL apoiar em caso de Bolsonaro continuar inelegível.
O dirigente afirmou defender uma aproximação com o centro para, assim, vencer as eleições de 2026. Contudo, reconheceu que a parte mais difícil seria convencer o ex-presidente a seguir esse caminho.
Valdemar quer um diálogo entre PL e centro. Além disso, deseja uma aproximação com os eleitores do Nordeste. “Temos que trazer essa essa gente para nós. Se nós não trouxermos esse pessoal, nós não temos maioria”.
Em visita a Santarém, no Pará, Bolsonaro confirmou que o partido trabalha o fortalecimento nas regiões Norte e Nordeste. O ex-presidente afirmou, inclusive, que, se o PL quiser conquistar a confiança do eleitor, precisa se mostrar diferente.
Na sua visão, o partido não pode, principalmente, “passar a cabeça na mão de marginais”, disse, em referência a políticos da legenda que estão envolvidos em corrupção em Estados como Maranhão e Sergipe.
Fonte: Revista Oeste