O governador Ronaldo Caiado (UB) foi reeleito neste domingo. Com 94,77% das urnas apuradas, Caiado tinha 51,53% dos votos, o que corresponde a 1.703.330 eleitores. O segundo colocado foi o ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha (Patriota), que, nessa etapa da apuração, tinha 25,41% (ou 839.872 votos).
Major Vitor Hugo (PL) chega ao fim da eleição com 14,89% dos votos (eram 496.988 votos ás 20h28). Em quarto lugar, o candidato Wolmir Amado (PT), com 6,95% (232.379 votos).
Na sequência, aparecem Cíntia Dias (PSol), com 0,57%; Edigar Diniz (Novo), com 0,28%; Professora Helga (PCB), com 0,20%; Professor Pantaleão (UP), com 0,16%; e Vinícius Paixão PCO), cuja candidatura está sub judice, com 0,01%%.
Veja como ficou o resultado em Goiás (com xxx% das urnas apuradas):
Ronaldo Caiado (UB): 51,53%
Gustavo Mendanha (Patriota): 25,41%
Major Vitor Hugo (PL): 14,89%
Wolmir Amado (PT): 6,95%
Cíntia Dias (PSol): 0,57%
Edigar Diniz (Novo): 0,28%
Professora Helga (PCB): 0,2%
Professor Pantaleão (UP): 0,1%
Vinícius Paixão (PCO): 0,01%
Em 2018, Caiado também venceu a eleição no primeiro turno, com 59,73% dos votos.
Medicina e início da vida política
Natural de Anápolis, Ronaldo Caiado é professor, agricultor e médico. Filho de Edenval Ramos Caiado e Maria Xavier Caiado, Ronaldo nasceu em 25 de setembro de 1949. A política é de família. Seu avô, Antônio Totó Ramos Caiado, foi deputado federal e senador. Já seu tio, Brasil Ramos Caiado, foi presidente de Goiás (termo usado para designar a atribuição atual de governador) e senador, além de primos que também seguiram carreira política.
Médico, Ronaldo Caiado formou-se no curso na Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), em 1972. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o goiano lecionou como auxiliar de ensino no Departamento de Ortopedia e Traumatologia, ministrou aulas em cursos de atualização e congressos, além de ter concluído seu mestrado em ortopedia e traumatologia.
Mudou-se para a França em 1977. No país, foi assistente na Universidade de Paris e especializou-se em cirurgia da coluna.
Como produtor rural, Ronaldo Caiado já fez parte da Associação Goiana de Criadores de Zebu, da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura e da Associação Goiana de Criadores de Nelore. Em 1985, criou a União Democrática Ruralista (UDR), entidade que defendia os interesses dos proprietários rurais do Estado. E, tornando-se seu presidente, ingressou na vida política. Em 1986 é entrevistado no programa Roda Viva.
Em 1989, ao deixar a presidência da UDR, Caiado candidatou-se à Presidência da República pelo Partido Social Democrático (PSD). Com apenas 488.872 votos, ficou em décimo lugar no pleito. Por fim, apoiou o candidato que saiu vitorioso no segundo turno daquele ano, Fernando Collor (PRN).
Caiado foi capa da revista Veja em junho de 1986, época em que era presidente da UDR (Foto: Reprodução Redes Sociais)
Ronaldo Caiado, então líder da UDR, foi responsável por caravanas a Brasília que pressionaram os constituintes a votar contra a reforma agrária (Foto: Luciano Andrade/Folhapress)
Ronaldo Caiado durante debate nas eleições para presidência da república em 1989 (Foto: Band)
Deputado federal
Em 1991, Ronaldo Caiado foi eleito deputado federal por Goiás pelo PSD. Naquele mesmo ano filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e passou a integrar a bancada ruralista no Congresso. Em 1992, foi um dos 38 parlamentares que votaram contra o impeachment do presidente Fernando Collor.
Em 1993, mais trocas de sigla. Em abril daquele ano, Caiado filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL) mas, ainda no mesmo ano, migrou para o Partido Progressista Reformador (PPR).
Em agosto de 1994, voltou ao PFL e candidatou-se ao governo de Goiás, apoiando o candidato Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para as eleições presidenciais. Caiado, no entanto, ficou em terceiro lugar no pleito goiano, sendo vencido por Maguito Vilela (MDB – à época, PMDB).
Em outubro de 1998, concorreu novamente a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PFL. Naquele ano, foi eleito deputado federal pela segunda vez. E foi reeleito em 2002.
Nas eleições de outubro de 2006, Ronaldo Caiado foi eleito para o seu quarto mandato como deputado federal pelo PFL. Em março de 2007, o partido alterou o nome para Democratas (DEM).
Em 2010, reelegeu-se como deputado federal em Goiás com um total de 167.591 votos.
Caiado em visita ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2015 (Foto: Reprodução Facebook)
Senador
Em 2014, Caiado candidatou-se ao Senado Federal, sendo eleito com 47, 57% dos votos. Durante o mandato, foi eleito líder do Democratas no Senado.
Na casa, foi um dos articuladores do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Também votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos e, em julho de 2017, votou a favor da reforma trabalhista.
Em 2017, votou contra a manutenção do mandato do senador Aécio Neves (PSDB), sendo favorável à decisão no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista.
Já em abril de 2018, Caiado foi um dos senadores que assinou uma carta entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), em defesa da manutenção do entendimento da Corte sobre prisão após a condenação em segunda instância. O envio da carta aconteceu na véspera do julgamento, na Suprema Corte, de um pedido de habeas corpus do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Governador
Após a derrota nas eleições de 1994, Caiado só foi se candidatar a governador de Goiás novamente em 2018. Naquele ano, o político alcançou a soma de 1.773.185 votos, sendo eleito no primeiro turno.
O governador de Goiás junto de Jair Bolsonaro (PL) (Foto: Reprodução Revista Veja)
Família
Ronaldo é casado com Gracinha Caiado e pai de Anna Vitória, Marcela e Maria Caiado.
No início de julho de 2022, passou pela perda do filho, Ronaldo Caiado Filho, encontrado morto aos quarenta anos na cidade de Nova Crixás. O político recebeu a notícia quando estava na missa de encerramento da Festa de Trindade. No momento, saiu às pressas juntamente com a primeira-dama, que precisou ser amparada por seguranças. A causa da morte não foi revelada.
FONTE: MAIS GOIÁS