Governada pela primeira vez pela esquerda, a Colômbia registrou uma inflação anual de quase 15% em 2022, a maior desde 1999, informou na quinta-feira 5 o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (Dane), equivalente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do Brasil.
A diretora do Dane, Piedade Urdinola disse, em entrevista coletiva, que o país não registrava índice tão elevado de inflação há 21 anos. Apenas em março de 1999 a Colômbia registrou taxa superior, de 13,9% em 12 meses.
A meta do Banco da República da Colômbia era de 3%. Segundo o governo, a inflação foi impulsionada principalmente por fatores externos, como a alta de preços no mercado mundial, decorrente da guerra na Ucrânia e a escalada dos custos da energia, e reflexos dos lockdowns, na pandemia, e um período de taxas de juros baixas, que estimulou o consumo.
A diretora do Dane destacou os estragos causados pelo aumento da cotação do dólar no país, onde a moeda local se desvalorizou em novembro a mínimas históricas.
Pela primeira vez governado pela esquerda — o ex-guerrilheiro Gustavo Petro assumiu em agosto do ano passado, o país registra uma taxa de desemprego urbano de 9,9%, e quase 40% de seus 50 milhões de habitantes vivem na pobreza.
O ministro da Fazenda, José Antonio Ocampo, estabeleceu como meta para 2023 reduzir a inflação. Em uma publicação no Twitter, o ministério diz que “reduzir a inflação de alimentos na Colômbia será uma prioridade para o governo nacional em 2023”.
Fonte: Revista Oeste