As contas do setor público consolidado registraram um déficit de R$ 22,8 bilhões em agosto. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Banco Central (BC).
O setor público consolidado contabiliza os balanços do governo federal, estados, municípios e empresas estatais. Esse foi o terceiro pior agosto da série histórica do Banco Central, iniciada em 2001.
O governo central registrou um saldo negativo de R$ 26,1 bilhões. No entanto, estados e municípios registraram um superávit primário de R$ 2,48 bilhões.
As empresas estatais tiveram também um resultado positivo, em R$ 866 milhões no oitavo mês do ano.
Banco Central mostra aumento da dívida pública em agosto
A Dívida Bruta do Governo Federal aumentou em 0,4% em agosto, e fechou em 74,4%. O maior nível do endividamento público desde outubro de 2022.
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Já a Dívida Líquida, que é o balanço de débitos e créditos do Governo Federal, subiu de 59,5% para 59,9%.
Segundo o relatório do Banco Central, essa elevação refletiu os impactos dos juros nominais.
A desvalorização do real também teve um impacto negativo, reduzindo seu valor em 3,8% no mês, o que contribuiu para uma diminuição de 0,4 pontos percentuais no resultado geral.
Além disso, o efeito da variação do PIB nominal também foi desfavorável, diminuindo o resultado em 0,3 pontos percentuais.
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Governo Lula tem piores contas públicas para primeiro ano de mandato
Na última quinta-feira, 28, o Tesouro Nacional divulgou os dados das contas públicas brasileiras, mostrando como o governo Lula registrou o pior resultado para um primeiro ano de mandato presidencial.
Os primeiros oito meses do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acumulou um rombo de R$ 104,6 bilhões.
Nos oito primeiros meses dos dois mandatos anteriores, Lula tinha entregado um saldo positivo nas contas públicas.
Em 2003, ele teve superávit de R$ 107,8 bilhões. Em 2007, o superávit foi de
R$ 129,2 bilhões.
Os dados já foram corrigidos pela inflação acumulada e agregam estatísticas do Tesouro, Banco Central e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Fonte: Revista Oeste