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Estadão: Lula quer pôr a Petrobras a serviço da ideologia, como fez a ditadura da Venezuela

Jornal afirma que presidente está disposto a degradar o valor das poucas companhias brasileiras capazes de competir no exterior

As declarações do presidente Lula (PT) ao programa SBT Brasil, na segunda-feira 11, sobre a Petrobras foram destaques no editorial do jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira, 13.

O apresentador César Filho perguntou ao petista se o fato de a Petrobras ter perdido mais de R$ 50 bilhões em valor de mercado, na última semana, se deu por intervenção do governo. Lula culpou o mercado, que, nas palavras do petista, “é um dinossauro voraz, que quer tudo para ele e nada para o povo”.

O presidente perguntou se o mercado não tem “pena” de quem dorme na rua ou passa fome. E disse ainda que a Petrobras não deve apenas “pensar nos acionistas”, mas “nos 200 milhões de brasileiros que são donos ou são sócios dessa empresa”.

O jornal critica o desperdício da oportunidade que Lula teve de apaziguar os ânimos diante da crise na estatal. Ela foi deflagrada pela intervenção explícita do governo na distribuição de dividendos extraordinários pela Petrobras. “Isso causou grande apreensão entre os investidores, mas Lula resolve ser mais Lula que nunca”.

Estadão compara situação da Petrobras ao projeto da PDVSA, petrolífera da Venezuela

Ainda no editorial, o Estadão compara as ideias de Lula — de querer investir a “dinheirama” da Petrobras “para bancar casas a quem mora na rua e comida a quem passa fome — ao que foi feito na ditadura chavista”.

Um projeto semelhante na Venezuela transformou a PDVSA, uma das maiores petroleiras do mundo, numa colossal sucata — hoje, quase 80% dos venezuelanos vivem abaixo da linha de pobreza. Tudo como resultado do populismo de Chávez e Maduro.

“É disso que se trata: a tentativa de transformar a Petrobras em instrumento a serviço da desbragada demagogia lulopetista, tal como foi feito na Venezuela chavista”, diz o texto.

Para o Estadão, um dos grandes problemas do mercado é, isso sim, que empresas como a Petrobras, e também a Vale, precisam se curvar às vontades do governo Lula. “Mesmo que essa vontade as coloque à beira da ruína, como no passado recente”.

Fonte: Revista Oeste

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