Um fóssil humano encontrado em Serranópolis, no sudoeste de Goiás, pode ter sido um dos primeiros habitantes da região, além de ser provavelmente o mais antigo já descoberto no Centro-Oeste do Brasil. Acadêmicos da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), responsáveis pelo estudo, avaliam que os restos mortais têm 12 mil anos.
Julio Cezar Rubin, professor adjunto da PUC-Goiás e coordenador da pesquisa, explicou que os cientistas iniciaram as escavações em outubro de 2022, e a concluíram em março deste ano. Além do esqueleto, os pesquisadores desenterraram dez crânios, porém, mais “jovens” que o fóssil.
A equipe é composta de 20 pessoas, de oito instituições de ensino e pesquisa, e tem o apoio de agentes da Polícia Federal.
O que a descoberta do fóssil pode revelar
O fóssil pode ajudar a ciência a entender como os seres humanos da época viviam na região Centro-Oeste do Brasil. Informações a respeito de hábitos alimentares, causa de morte da pessoa e questões climáticas da região na época podem ser melhor explicadas com as informações que o esqueleto traz.
Os pesquisadores ainda têm mais um metro de solo para explorar, onde Rubin afirma que talvez seja encontrado “cultura material, restos alimentares, estruturas de fogueiras e até mais esqueletos”.
“A quantidade de informações que trazem esses achados é algo fantástico”, disse o professor, em entrevista ao portal G1, publicada na segunda-feira 8. “São dados para se estudar durante uma década. É um arsenal de informação, além do aspecto simbólico. Para um pesquisador encontrar um objeto de estudo é fantástico, desde uma micro-lasca a um esqueleto.”
Fonte: REvista Oeste