O site da Secretaria-Geral da Presidência da República mantém no ar uma cartilha informativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O documento é alusivo ao Dia Mundial da Alimentação.
“No caso do Caderno de Respostas do MST, a Secretaria-Geral da Presidência contou com a colaboração do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, numa coordenação compartilhada”, diz o texto.
O documento também declara que a pauta de reivindicações do MST é “uma oportunidade singular de ensinar e aprender”.
O documento diz que as reivindicações do MST “mostram a potencialidade multiplicadora das políticas públicas, pensadas a partir de uma política estruturante que é a reforma agrária”.
“Em diálogo com a pauta do MST e de outros movimentos sociais e organizações do campo, avançaremos muito mais”, diz o documento, assinado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que havia negado vínculo com os sem-terra na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST.
O documento também apresenta o Programa Nacional de Reforma Agrária como uma resposta à “histórica concentração de terras no Brasil”.
“A resistência do nosso povo e a esperança por mudanças sempre nos guiou para enfrentar as desigualdades, ampliar os processos de inclusão e avançar na reconstrução do nosso país”, diz o texto.
Leia, na íntegra, um trecho elogioso ao MST do documento:
“Expressa a gênese da criação da pauta de reivindicações do Movimento dos Sem Terra/MST. A reforma agrária, popular e inclusiva, mas, sobretudo, coletiva e participativa, define a luta pela terra no Brasil. Ao fazer a ação direta de luta pela terra, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra resignifica [sic] a luta a partir do princípio Constitucional da ‘Função Social da Terra’.
Ao longo dos seus 39 anos de existência, pode-se dizer que este movimento segue sendo necessário e ainda mais urgente, frente aos desafios impostos pelo profundamento [sic] das crises climáticas, decorrentes de um uso irresponsável daquele que pode ser considerado — entre outros — um dos meios mais importantes de ser-existir-estar: a Terra.”
Fonte: revista Oeste