Um navio comercial com bandeira da Noruega foi atingido e incendiado por um míssil no sul do Mar Vermelho. O ataque aconteceu nesta terça-feira, 12. De acordo com as autoridades dos Estados Unidos (EUA), o responsável pelo atentado é o Houthi, grupo terrorista do Iêmen e que conta com apoio do Irã.
Segundo a empresa Mowinckels Rederi, proprietária do Strinda, a embarcação transportava matéria-prima para biocombustível com destino à Itália. O navio pegou fogo logo depois de ser atingido pelo míssil. Ninguém ficou ferido. A tripulação, composta de cidadãos indianos, conseguiu controlar o incêndio.
O Comando Central do Departamento de Defesa dos EUA informou que o petroleiro norueguês Strinda “foi atingido por um míssil de cruzeiro antinavio, lançado de uma área controlada pelos Houthi no Iêmen”. No momento do ataque, a embarcação estava atravessando o Estreito de Bab el-Mandeb, localizado entre o Chifre da África e o Oriente Médio.
De acordo com as autoridades, nenhuma embarcação de guerra dos EUA estava nas proximidades durante o ataque. O navio da Marinha norte-americana USS Mason respondeu ao chamado de socorro do Strinda e foi ao local prestar ajuda.
Terroristas do Houthi ameaçam empresas de navios comerciais
No último sábado, 9, os Houthis afirmaram que pretendiam impedir que navios chegassem a portos israelenses, independentemente da sua nacionalidade. O grupo terrorista alertou para o fato de que essas ações irão continuar até que o país cesse a ofensiva contra o Hamas em Gaza.
Os EUA não divulgaram se o navio norueguês tinha, de alguma forma, conexão com Israel. Alguns alvos anteriores do Houthi não apresentaram ligação com o governo israelense, entre eles um navio comercial.
Os terroristas Houthis já atacaram outros navios comerciais no Mar Vermelho em dois meses de conflito entre Israel e o Hamas — também apoiado pelo Irã. Desde 7 de outubro, o grupo, que tem envolvimento na guerra civil no Iêmen, lançou uma série de ataques com drones e mísseis contra alvos israelenses e norte-americanos.
Na semana passada, o conselheiro de segurança nacional do presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou que os EUA estavam em discussões com aliados para criar uma força-tarefa naval com o objetivo de proteger navios que atravessam o Mar Vermelho.
Fonte: Revista Oeste