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‘Há uma propaganda do medo’, diz infectologista, sobre as queimadas

Roberto Zeballos comentou os impactos dos incêndios florestais à saúde

O médico infectologista Roberto Zeballos disse que há uma propaganda do medo sobre os riscos das queimadas à saúde. Ele proferiu a declaração em entrevista ao Jornal da Oeste, nesta quinta-feira, 12.

“Medo é uma coisa que não se justifica”, disse Zeballos. “Como é que vamos nos proteger? Temos de evitar essas notícias, porque gera um pânico real nas pessoas. O pânico libera substâncias nocivas, que podem até ativar alguns genes e criar doenças pelo excesso de cortisol.”

Em agosto, o Brasil teve o pior número de queimadas em 14 anos, com mais de 68,6 mil ocorrências. O valor representa um aumento de 144%, em relação ao mesmo mês em 2023. Em setembro, já são 45,7 mil focos de incêndio, totalizando 172,8 mil focos em 2024.

Zeballos explicou que as queimadas afetam a saúde dos moradores. Por isso, os cidadãos devem ficar atentos aos sintomas.

“Estar relaxado provoca reações no corpo contrárias a do pânico”, explicou Zeballos. “Você tem até soluções moleculares que podem reparar as nossas células. O medo é algo que você tem de jogar no lixo. Não tenha medo de nada. Se ficar com medo é pior em todos os aspectos para sua saúde.”

Uso de máscaras por causa das queimadas

Indagado por Vitor Brown, apresentador do Jornal da Oeste, sobre o uso de máscaras, o doutor explicou que recomenda o uso em casos específicos. Os moradores devem utilizar caso estejam muito próximos dos focos das queimadas ou se tiverem sintomas.

“A máscara deve ser usada quando há uma intensidade muito grande de poluição, só nas regiões mais próximas”, explicou Zeballos. “Se começou a tossir, sem uma causa aparente, tem de usar máscara. O que pode estar promovendo essas tosses são as fuligens e a máscara. As malhas dela seguram as fuligens. Mas não é em todo lugar. Você não vai usar na sua casa, dentro do carro.”

Confira a entrevista completa do infectologista Roberto Zeballos ao Jornal da Oeste no canal da Revista Oeste no YouTube. O programa é transmitido ao vivo, de segunda-feira a sexta-feira, a partir das 16h.

Fonte: Revista Oeste

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