Judiciário

João de Deus deixa núcleo de custódia de Aparecida para colocar tornozeleira

O médium João de Deus deixa o núcleo de custódia em Aparecida de Goiânia neste momento [por volta de 16h45 de quarta] e segue para a Seção Integrada de Monitoramento Eletrônico (Sime), em Goiânia, para colocar a tornozeleira eletrônica. A  informação é da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP).

Ainda segundo a DGAP, a determinação é que, após a instalação da tornozeleira, João de Deus seja escoltado por policiais penais até a residência dele, em Anápolis. A diretoria foi notificada por volta das 10h.

O portal também tentou contato a defesa do médium para mais informações, mas não teve sucesso.

Habeas Corpus e prisão domiciliar de João de Deus

Na tarde de terça-feira (14), os advogados Anderson Van Gualberto de Mendonça e Marcos Maciel Lara informaram que a justiça admitiu os argumentos da defesa e “reforçou o seu entendimento com base na dignidade da pessoa humana, já que o médium possui diversas doenças crônicas, atestadas pela Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, e pelo fato de ter mais de 80 anos, além da ausência da ocorrência de novos crimes e a falta de contemporaneidade da prisão decretada com os fatos sob investigação”.

João de Deus foi preso em Anápolis no último dia 26. À época, ele foi encaminhado ao Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida.

O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público (MP-GO) e decretado pela Justiça de Goiás – o próprio MP-GO confirmou a prisão. Segundo o órgão, a prisão é decorrente a 15ª denúncia contra o religioso pela prática de crimes sexuais. Os casos teriam ocorrido na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

Novos crimes de João de Deus

Os crimes, segundo a promotoria, ocorreram entre 1986 e 2017. As vítimas seriam de vários Estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo.

Segundo o MP-GO, a denúncia traz, ainda, outras 44 vítimas. Contudo, os crimes estão prescritos. Isso não impede que estas pessoas funcionem como testemunhas, a fim de reforçar o modus operandi do religioso.

Fonte: Mais Goiás

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