Os líderes dos países da União Europeia (UE) discutirão como aumentar o apoio à Ucrânia e seus próximos passos conjuntos para domar os preços crescentes da energia quando se reunirem na sexta-feira (7).
Em uma carta de convite de reunião aos líderes da UE publicada neste domingo (2), o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu uma resposta firme da UE aos desenvolvimentos recentes, incluindo a Rússia declarando a anexação de quatro regiões da Ucrânia na sexta-feira (26).
“Em nossa reunião, discutiremos como continuar fornecendo forte apoio econômico, militar, político e financeiro à Ucrânia pelo tempo que for necessário”, disse Michel, que preside reuniões de líderes de países da UE.
A proclamada anexação pela Rússia ocorreu depois que Moscou realizou o que chamou de referendos em áreas ocupadas da Ucrânia. Governos ocidentais e Kiev disseram que os votos violaram a lei internacional e foram coercitivos e não representativos.
A reunião dos líderes da UE em Praga também produzirá orientações para Bruxelas sobre os próximos passos que a UE deve tomar para lidar com a alta dos preços da energia, disse Michel.
“Nosso principal objetivo é garantir a segurança do abastecimento e energia acessível para nossas residências e empresas, principalmente à medida que o frio do inverno se aproxima”, disse ele.
Os ministros de energia dos países da UE adotaram um novo conjunto de políticas na sexta-feira para tentar domar os altos custos de energia, incluindo impostos sobre lucros inesperados sobre empresas de energia.
Mas os estados estão divididos sobre o que fazer a seguir –muitos pedem um teto para os preços do gás em toda a UE, mas outros, incluindo a potência econômica da Europa, a Alemanha, se opuseram.
Os líderes também discutirão na sexta-feira como proteger sua infraestrutura crítica. Rupturas inexplicáveis na semana passada nos gasodutos Nord Stream, no mar Báltico, projetados para trazer gás da Rússia para a Europa, levaram alguns países a enviar militares para proteger sistemas de energia potencialmente vulneráveis.
FONTE: AGENCIA BRASIL