O presidente Lula e sua equipe de comunicação estão avaliando criar um programa de perguntas e respostas para aproximar o petista de seus eleitores.
O formato e a periodicidade ainda estão em discussão. Os assessores do presidente consideram tanto um quadro na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), quanto participação de Lula em podcasts ou em transmissões ao vivo nas redes sociais, como fazia o ex-presidente Jair Bolsonaro, às quinta-feiras. Durante as eleições, Bolsonaro chegou a fazer lives diárias para indicar candidatos e defender a sua reeleição.
Assessores de Lula também discutem a periodicidade das transmissões, que podem ocorrer em formato semanal, quinzenal ou mensal. O entorno do governo argumenta que uma transmissão semanal poderia atrapalhar a agenda oficial do petista.
A decisão veio depois de publicado um levantamento feito pela consultoria Bites, a pedido do jornal O Globo. Divulgado no começo da semana, o estudo mostra que as contas oficiais de Lula estão nos níveis mais baixos de engajamento, desde o início do governo.
A pesquisa mostrou que, desde o início do governo, Lula fez cerca de 60 postagens por dia, se considerados Facebook, Twitter e Instagram. No período, o presidente alcançou, em média, 29,5 mil curtidas, comentários e compartilhamentos por publicação. Durante a campanha, entre 16 de agosto e 30 de outubro, esse número era mais duas vezes maior, e chegou a 72,7 mil.
A título de comparação, a média atingida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro é oito vezes maior do que a de Lula, segundo O Globo, de 235,9 mil por postagem, e manteve-se praticamente a mesma da campanha, que era de 240,2 mil a cada publicação.
Fonte: Revista Oeste
