Na Argentina desde segunda-feira 23, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve um encontro bilateral com o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, na terça-feira 24.
Lula participou, com outros políticos latino-americanos, de uma reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), entidade esquerdista que inclui 33 países, criada em 2010 pelo então ditador da Venezuela, Hugo Chávez, com aval de todos os governantes socialistas da região.
Depois do encontro com Díaz-Canel, Lula compartilhou uma fotografia com o ditador e escreveu sobre a retomada do diálogo internacional do Brasil com Cuba. “O Brasil restabelecendo suas relações diplomáticas no mundo”, escreveu Lula.
Díaz-Canel, que publicou a mesma imagem, chamou Lula de “irmão” e expressou “alegria” pela volta do Brasil à Celac. “Compartilhamos o desejo de fortalecer as relações bilaterais nas esferas de interesse mútuo, de acordo com os laços históricos de amizade entre nossos povos”, escreveu o ditador cubano.
O Brasil deixou de fazer parte da Celac em 2020. Pretendendo ter atuação regional, a organização excluiu de sua composição Estados Unidos e Canadá e incluiu — sem qualquer reprovação pública — as ditaduras de Cuba, Nicarágua e a própria Venezuela.
Além de um documento geral sobre os temas discutidos, a Celac aprovou, na terça-feira 24, sete deliberações especiais, incluindo declarações exigindo o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba.
Em Buenos Aires, Lula também se encontraria com o ditador da Venezuela, mas Nicolás Maduro desistiu da viagem, alegando questões de segurança. O presidente brasileiro também teve encontros bilaterais na terça-feira com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley; com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel; o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu; além do próprio presidente argentino, Alberto Fernández.
Fonte: Revista Oeste