Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson foram premiados em cerimônia realizada nesta segunda-feira, 14
Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson ganharam o Prêmio Nobel de Economia de 2024, em cerimônia realizada nesta segunda-feira, 14. Os três foram responsáveis por realizar estudos sobre como as instituições são formadas e afetam a prosperidade.
Robinson é pesquisador da Universidade de Chicago, enquanto Acemoglu e Johnson fazem parte do corpo acadêmico do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Segundo a Academia Real das Ciências da Suécia, responsável pelo prêmio, as pesquisas contribuíram para o entendimento das desigualdades entre a prosperidade das nações.
O comitê avaliou por que os 20% de países mais ricos do mundo são, atualmente, cerca de 30 vezes mais endinheirados do que os 20% mais pobres.
“Mais que isso, a diferença de renda entre os países mais ricos e mais pobres é persistente; embora os países mais pobres tenham enriquecido, eles não estão chegando perto dos mais prósperos”, explicou a academia.
Para entender a disparidade, os homenageadores pesquisaram os impactos da colonização europeia do século 16 em diante e notaram a criação de dois principais tipos de colônias.
Segundo os estudos, em alguns países, os colonizadores chegaram com o objetivo principal de “explorar” os povos e os recursos naturais. Isso gerou o que os pesquisadores classificaram como “instituições extrativistas”.
Em outros, eles formaram sistemas políticos e econômicos que tinham o objetivo de beneficiar os migrantes europeus naquelas áreas no longo prazo.
“A introdução de instituições inclusivas criaria benefícios de longo prazo para todos, mas as instituições extrativistas fornecem ganhos de curto prazo para as pessoas no poder”, afirma o comitê responsável pelo prêmio.
O Nobel de Economia
Criado em 1968 e concedido pela primeira vez no ano seguinte, o Nobel de Economia é oficialmente denominado “Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel”.
A homenagem, no entanto, não fazia parte dos cinco prêmios originais idealizados por Alfred Nobel – o inventor sueco da dinamite.
Os demais prêmios, que homenageiam contribuições nas áreas de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz, foram entregues pela primeira vez em 1901.
Neste ano, o Nobel de Economia foi o último a ser entregue – os demais saíram na última semana.
Apesar de ser o mais renomado reconhecimento para economistas, o prêmio de Economia não possui a mesma aceitação daqueles estabelecidos por Nobel em seu testamento.
Críticos frequentemente o consideram um “falso Nobel”, sob o argumento de que ele favorece ideologias econômicas liberais e ortodoxas.
Fonte: Revista Oeste