Consumo diário de planta alimentícia não convencional contribui até para a melhora do sono
Considerada uma planta alimentícia não convencional (Panc), a ora-pro-nóbis está entre os vegetais mais nutritivos que existem. Ela é rica em vitaminas, proteínas e minerais, cujos teores a tornam mais nutritiva que as verduras comuns na mesa dos brasileiros.
Estudos dão conta de que o consumo de uma porção de dez folhas frescas de ora-pro-nóbis – equivalentes a 15 gramas ou à quantidade recomendada a um adulto – fornecem 15,2% do consumo diário ideal de ferro, 23,3% de cobre, 23,5% de fibras, 51,3% de cálcio, 57,2% de zinco, 110% de magnésio e 302% de manganês, além de 5,7% de proteínas.
Ela possui, ainda, componentes como a provitamina A, as vitaminas C e B9 e o triptofano, um aminoácido que, no corpo humano, se torna serotonina. Na sequência, ela se converte em melatonina, o “hormônio do sono”.
Espécies de ora-pro-nóbis no Brasil e modo de preparo
No Brasil, existem três variedades da espécie: a Pereskia aculeata, de flor branca; a Pereskia grandiflora, de flor rosa; e a Pereskia bleo, que tem a flor laranja, a única cujas folhas devem ser consumidas in natura ou desidratadas.
As demais devem ser branqueadas: basta cortar as folhas em pedaços pequenos e cozinhar por três minutos em água fervente. Em seguida, é só escorrer, descartar a água e consumir a ora-pro-nóbis como preferir. Crianças e adolescentes de até 35 quilos devem ingerir meia porção (7,5 g).
É importante fazer o branqueamento das folhas das espécies de flores branca e rosa para retirar o oxalato, substância que, se consumido em excesso, pode dificultar a absorção de nutrientes e promover a formação de pedras nos rins. Na fervura, ele se solta da planta e enriquece a água.
Cultivo da ora-pro-nóbis em casa
É fácil cultivar a ora-pro-nóbis em casa: basta plantar as estacas ou mudas em solo bem adubado e logo as folhas aparecem. Inclusive, como ela possui espinhos, há quem goste de usá-la como cerca viva. Quem mora em apartamento pode ter a ora-pro-nóbis em vasos.
Para agregar mais nutrientes à planta, o adubo do solo deve se compor de terra preta, esterco, húmus e adubos orgânicos.
Fonte: Revista Oeste