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Paraguai quer que o Brasil devolva troféus de guerra

O Paraguai quer que o Brasil devolva os troféus de guerra do conflito do século 19.

Guerra do Paraguai durou seis anos e acabou em 1870 — com o Brasil vitorioso. Naquela época, a nação brasileira fazia parte da Tríplice Aliança, também integrada por Argentina e Uruguai.publicidade

Os troféus de guerra que o Paraguai quer que o Brasil devolva

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Tropa brasileira em Nova Palmira (Rio Grande do Sul), em direção ao teatro de operações na Guerra do Paraguai, em 1865 | Foto: Reprodução/Domínio Público

Depois da guerra, o Brasil tomou posse de alguns troféus para celebrar sua vitória. Um deles foi o canhão El Cristiano (O Cristão, em português). Ele foi forjado a partir do derretimento de sinos de diversas igrejas paraguaias.

O canhão foi utilizado contra o Brasil na Batalha do Curupaiti, em 1866. Ele fica exposto no pátio Epitácio Pessoa, do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.

Mas esse não foi o único troféu adquirido pelo Brasil depois da Guerra do Paraguai. O Brasil pode ter se apropriado de cerca de 500 itens. Cerca de 330 bocas de fogo, 94 pavilhões nacionais e 17 estandartes estão na lista.

“Além de arquivos militares e de objetos pessoais do ditador paraguaio Solano Lopez (1827-1870) e de seus familiares”, acrescentou o jurista e cientista político Enrique Natalino, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), ao mencionar a suposta apropriação do Brasil. Ele fez a afirmação em entrevista ao site de notícias DW.

Quem quer reaver os troféus de guerra do Brasil é o atual presidente do Paraguai, Santiago Peña, que tomou posse nesta terça-feira, 15.

Em conversas com jornalistas, Peña disse há um mês que “há equipamentos que foram tomados pelas forças brasileiras e que agora estão nos museus brasileiros”. “E isso pertenceu ao governo paraguaio”, afirmou.

Santiago Peña, que é conservador, disse que pretende conversar com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para negociar a melhor forma de reaver os troféus de guerra.

Fonte: Revista Oeste

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