Com a aproximação do período das convenções eleitorais, programadas para ocorrer entre esta quarta-feira, 20, e 5 de agosto, conforme calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os pré-candidatos ao Governo de Goiás intensificaram as articulações. Os principais nomes buscam se fortalecer diante das bases e selar novas alianças.
Nesse aspecto, o governador Ronaldo Caiado (UB), pré-candidato à reeleição, tem se reunido com prefeitos de todas as regiões de Goiás. O chefe do Executivo estadual já recebeu em Goiânia 95 prefeitos, que representaram quatro regiões goianas. Antes, Caiado promoveu vários encontros com vereadores da maioria dos municípios de Goiás.
Recém-oficializado a pré-candidatura ao Palácio das Esmeraldas, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) exigiu do partido “carta branca” para formatar a coligação. A chapa ainda depende de um nome para concorrer ao Senado e para vice. Nos bastidores voltaram a circular que o tucano deve dialogar com o Partido dos Trabalhadores (PT). A alta cúpula da legenda, diga se de passagem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Palácio do Planalto, busca um palanque mais amplo no Estado e isso passa pelo nome do ex-governador. Cabe ressaltar, que o vice dele, é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alkmin (PSB) – antigo PSDB.
Diante desse cenário, a pré-candidatura do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Wolmir Amado, voltou a ser ameaçada. Isso porque, a oficialização da pré-candidatura petista no Estado foi adiada por diversas vezes a pedido da própria cúpula nacional da sigla, à espera de uma aproximação com Marconi. “Situação complicada com Marconi saindo governador”, resumiu uma fonte do PT. Nessas alturas do calendário eleitoral, o partido apenas lançou, além do nome ao governo, o postulante para concorrer ao Senado, trata-se de Vanderlei Azevedo.
Essa indefinição petista tem dificultado, por exemplo, as articulações de partidos aliados, como PSB e Psol. No início do ano, os dois partidos fizeram parte de uma iniciativa para a criação de uma frente ampla da esquerda. Os psolistas chegaram a se afastar com a intenção da pré-candidatura do ex-governador José Eliton (PSB). Com a desistência dele, houve nova tentativa de conversas. “Então, não estamos andando com o PT. Tentamos várias aproximações sem muito sucesso. Acho que contribuímos para a colocação da candidatura do Wolmir, no que se refere à força, mas depois disso, não tivemos nenhum apontamento do PT à esquerda. Portanto, mantemos nossa candidatura com a possibilidade de ser a única de esquerda”, afirmou a presidente da sigla em Goiás, Cíntia Dias.
Ao contar também com apenas pré-candidato a senador (o deputado federal João Campos, do Republicanos), o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota) vem buscando um nome consistente e com partido para compor a vice-governador. Na semana passada, ele chegou a se reunir com o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSD), pré-candidato ao Senado.
O deputado federal Vitor Hugo (PL), que compõe chapa com o ex-senador Wilder Morais (PL), pré-candidato a senador, já marcou a convenção eleitoral. O evento está programado para o próximo dia 29, às 18h, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição. A chapa ainda depende de um postulante a vice-governador.
Assim como o PL, o partido Novo agendou a realização da convenção eleitoral para este mês. A definição de candidaturas partidárias está marcada para o próximo dia 23. Edigar Diniz deve ser confirmado ao Governo de Goiás e Leonardo Rizzo ao Senado. Ainda não foi anunciado o vice-governador. Tudo indica que irão com chapa “puro-sangue”.
Fonte: Jornal Opção