O número de pessoas cujas casas foram danificadas ou completamente destruídas no litoral norte de São Paulo subiu para 3,5 mil, de acordo com boletim divulgado nesta quinta-feira, 23.
Até quinta-feira, a Defesa Civil contava 2,5 mil pessoas desalojadas (pessoas que estão em casa de parentes ou amigos) e desabrigados (que precisam de abrigo público). Agora, são 1,7 mil desalojados e 1,8 mil desabrigados.
A Prefeitura de São Sebastião informou na quarta-feira que 1.845 pessoas estavam alojadas em escolas, creches, igrejas e ONGs no município. A população recebe doações de roupas e demais itens necessários, além de refeições diárias. “Os desabrigados são acompanhados por assistentes sociais, psicólogos, técnicos sociais e equipe multidisciplinar para receber o apoio necessário”, informou o município.
As construções da região, especialmente de São Sebastião, cidade mais afetada pelos temporais de sábado 18 e domingo 19 foram destruídas pelo deslizamento de terra. com o excesso de chuvas, muita lama e pedras rolaram sobre as casas. Também houve quedas de árvores. Em São Sebastião, entre sábado e domingo, choveu 683 milímetros, o dobro da média do mês de fevereiro.
Até agora, 48 pessoas perderam a vida e as equipes seguem as operações em busca de pessoas desaparecidas, que passam de 30. Ao todo, 460 policiais militares estão no litoral, para evitar saques e para auxiliar nas buscas. Equipes também seguem com a desobstrução de vias — não há mais trechos com interdição total, disse o governo, e limpeza das casas e ruas.
Na quarta-feira, a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) informou que restabeleceu o fornecimento de água em todos os municípios em que presta o serviço.
Antes disso, alguns comerciantes, diante da escassez de água, estavam cobrando preços exorbitantes pelo produto. O governador Tarcísio de Freitas chegou a falar em R$ 90 por litro.
Em razão disso, a Polícia Civil, em conjunto com o Procon, fará uma operação para fiscalizar o comércio da região a fim de identificar os abusos relatados pelos moradores. Nos pontos onde forem identificados preços abusivos, as equipes vão avaliar se o caso se trata de infração administrativa ou de crime previsto no Código de Defesa do Consumidor. “Neste caso, além das providências administrativas, serão adotadas as medidas de ordem criminal, para encaminhamento à Justiça”, informou o governo.
Fonte: Revista Oeste