Ventos do sul do continente teriam causado o fenômeno no Lago Guaíba
As operações de resgate de moradores e animais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul enfrentaram dificuldades por causa das ondas e ventos fortes no Lago Guaíba, nesta terça-feira, 14.
As embarcações de resgate, inclusive botes menores, precisaram “surfar” em ondas de até 1,5 metro, impulsionadas por ventos do sul do continente. Isso aumentou o risco durante a navegação.
Pela manhã, o nível do Guaíba voltou a alcançar 5,20 metros, e há uma tendência de nova cheia no lago que banha Porto Alegre, capital do Estado. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o Guaíba pode chegar a 5,60 metros nos próximos dias.
Se a previsão se confirmar, o nível das águas na capital gaúcha vai superar em 25 centímetros o recorde histórico de 5,35 metros registrado em 4 de maio. O recorde anterior era da enchente de 1941, quando o nível alcançou 4,76 metros.
Rio Grande do Sul sofre com enchentes
As enchentes já resultaram em 148 mortes, conforme o último boletim da Defesa Civil, publicado às 12h desta terça-feira. Além disso, 124 pessoas estão desaparecidas e mais de meio milhão de pessoas estão desalojadas, somando 538.743 indivíduos.
Os alagamentos e deslizamentos de terra afetaram diretamente 2,1 milhões de pessoas, com mais de 81 mil delas abrigadas em locais de emergência no Estado.
As fortes chuvas impactaram 446 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, o que significa que nove em cada dez cidades gaúchas enfrentam os danos causados pelas enchentes e inundações. Diante dessa situação, o governador Eduardo Leite (PSDB) decretou estado de calamidade pública nos municípios atingidos pelo temporal.
Fonte: Revista Oeste