Zinedine Zidane está na lista dos cotados para substituir o técnico Tite no comando da Seleção Brasileira, informou, neste domingo, 25, o jornal francês L’Équipe. “Zizou”, como também é conhecido, tornou-se candidato à vaga por ser considerado um treinador moderno. Quando esteve à frente do Real Madrid, conquistou três vezes a Uefa Champions League — a maior competição de clubes do mundo.
Algoz brasileiro
Zizou é conhecido do torcedor brasileiro por ser algoz da Amarelinha em duas Copas do Mundo. Em 1998, liderou a França na vitória por 3 a 0 sobre o Brasil, na final. Em 2006, foi o protagonista da vitória por 1 a 0 que eliminou os brasileiros nas quartas de final.
Zizou atuou como treinador apenas em uma equipe, o Real Madrid, entre 2016 e 2021. No clube espanhol, conquistou três edições da Uefa Champions League, o Campeonato Espanhol e o Mundial de Clubes da Fifa.
Segundo o L’Equipe, outros treinadores estrangeiros têm o perfil procurado pela CBF, como os argentinos Marcelo Gallardo, ex-River Plate, e Maurício Pochettino, ex-Tottenham. O alemão Thomas Tuchel, ex-Chelsea, e os espanhóis Roberto Martínez e Rafa Benítez, ex-Bélgica e Liverpool, também estariam na lista.
Fim de ciclo
Tite confirmou a saída da Seleção Brasileira em 9 de dezembro, depois do jogo entre Brasil e Croácia, que terminou com a derrota dos pentacampeões.
“Fim de ciclo”, anunciou o treinador. “Já havia colocado há mais de um ano e meio isso. Não sou um cara de duas palavras. Não estava jogando para ganhar e depois fazer drama para ficar, quem me conhece sabe.”
O treinador foi para o vestiário logo após o zagueiro Marquinhos perder a cobrança que sacramentou a eliminação brasileira. Indagado se não deveria permanecer em campo, visto que é o comandante da Seleção, Tite respondeu: “Talvez pudesse fazer isso, mas, seguramente, os jogadores sabem quanto orgulho tenho do trabalho, de estar junto e do comprometimento que tenho com o trabalho que desenvolvi.”
Degrau mais baixo
Em artigo publicado na Edição 143 da Revista Oeste, Ana Paula Henkel afirma que Tite desceu o degrau mais baixo que um profissional pode descer. Segundo a colunista, o treinador abandonou “seu batalhão ainda preso na trincheira pelo abate, pelas lágrimas, pela frustração e pela tristeza diante da derrota”. Assim que o jogo terminou, Tite saiu do campo sem acolher os jogadores.
Fonte: Revista Oeste