A causa das mortes está sendo investigada
Com a seca que atinge a Amazônia, mais de 130 botos e tucuxis (outro golfinho de água doce) foram encontrados mortos no Lago Tefé, próximo ao município de Tefé, a pouco mais de 500 quilômetros de Manaus, capital do Estado do Amazonas.
As suspeitas são a falta de chuva e o calor intenso dos últimos dias, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), que divulgou as informações sobre a morte dos animais.
Em nota publicada nas redes sociais, o instituto afirmou que a mortandade dos botos-cor-de-rosa e dos tucuxi começou no sábado 23, mas a causa ainda não foi confirmada. Técnicos do instituto e de órgãos governamentais analisam a qualidade da água e os animais mortos.
Trabalham no local “equipes dedicadas ao monitoramento dos animais vivos, na busca e recolhimento das carcaças, na coleta de amostra para análise de doenças e da água e monitoramento das águas do lago Tefé, incluindo a temperatura da água”, disse o IDSM, em nota.
A ONG também afirma que “ainda é cedo para afirmarmos a causa deste evento extremo de mortandade”. “Mas de acordo com nossos especialistas, certamente, está associado ao período de estiagem e à alta da temperatura da água do Lago Tefé, que está em alguns pontos está ultrapassando a marca dos 39 graus.”
Como um envenenamento das águas não está descartado, o IDSM pede cautela aos moradores da região. “Até que a situação seja melhor compreendida, recomendamos para a população da região ter muito cuidado com o contato com a água do Lago Tefé, evitando o uso recreativo dele.”
Seca atinge diversos municípios do Amazonas
Com a seca que atinge a Amazônia, diversos municípios amazonenses decretaram situação de emergência nos últimos dias. O governo do Estado já se manifestou sobre a possibilidade de que a estiagem afete a distribuição de água e de alimentos para cerca de 500 mil pessoas.
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União) esteve em Brasília nessa semana para discutir medidas para enfrentar a seca com os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Marina Silva (Meio Ambiente).
No Norte do país, a principal forma de transporte é fluvial, e a falta de chuvas pode impactar a locomoção da população e a entrega de suprimentos.
Fonte: Revista Oeste