A Argentina — mesmo afundada em dívidas — insiste em adquirir mais de 150 blindados Guarani do Exército brasileiro. Cada veículo produzido pela Iveco Defense Vehicles (IDV), fábrica que fica em Minas Gerais, custa em torno de R$ 10 milhões.
O Ministério da Defesa considera o negócio importante para estimular a indústria de defesa nacional, que traz tecnologia, qualificação e novos negócios.publicidade
No entanto, de acordo com o jornal Estado de S. Paulo, o Ministério da Fazenda considera “temerário” seguir em frente com esse negócio para um país afundado em dívidas. A compra seria financiada via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em janeiro deste ano, Lula e Fernandez assinaram uma carta de intenções. O comandante do Exército brasileiro, Tomás Paiva, esteve na Argentina em junho, porém, até agora, não há uma definição sobre o negócio
Ainda conforme o Estadão, Lula e José Múcio, da Defesa, estão insistindo no negócio. Ambos tentam convencer a Fazenda, que tem recebido “pressão” do Itamaraty e de Celso Amorim, assessor internacional do presidente.
Governo Lula nega venda à Ucrânia
Recentemente, o governo de Lula negou a venda de blindados do exército brasileiro à Ucrânia. Os veículos seriam adaptados para rodarem como ambulâncias e atuarem em missões humanitárias no país envolvido na guerra com a Rússia.
O negócio envolvendo 450 blindados poderia alcançar a cifra de R$ 3,5 bilhões. O valor seria uma das maiores transações da indústria de defesa brasileira.
O Departamento de Assuntos Estratégicos, de Defesa e de Desarmamento, do Ministério das Relações Exteriores, manifestou seu veto ao negócio no fim do mês de maio. A decisão foi mantida sob sigilo, mas acabou comunicada em junho à IDV.
Fonte: Revista OEste