Neste domingo, 25, manifestantes exibiram apoio ao país europeu e à nação judaica
O ato em defesa da democracia, que ocorre neste domingo, 25, em São Paulo, já serviu para unir nações. Além do verde e amarelo, cores características do Brasil, manifestantes também exibiram bandeiras e faixas de Portugal e, sobretudo, Israel.
Em relação ao Estado judaico, a presença já se fazia presente na Avenida Paulista, local da manifestação convocada pelas redes sociais no decorrer das últimas semanas, antes mesmo do início dos discursos de autoridades. A bandeira do país, que é a única democracia do Oriente Médio, estava entre os itens vendidos por comerciantes ambulantes, conforme registrou Oeste.
Durante a manifestação que, entre outras personalidades, contou com discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro, a bandeira de Israel parece ter se multiplicado. Diversos manifestantes em favor da democracia a exibiam pelas ruas ou a usavam como espécie de capa.
O apoio de manifestantes ao Estado de Israel ocorre uma semana depois de o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, comparar a contraofensiva contra o grupo militar Hamas na Faixa de Gaza às ações da Alemanha nazista contra os judeus. O petista fez tal comparação durante viagem oficial à Etiópia. De volta ao Brasil, não se desculpou e ainda acusou os israelenses, país que foi invadido por terroristas em 7 de outubro do ano passado, de cometer “genocídio”. O governo israelense passou a considerar Lula uma persona non grata.
Brasil, Israel e Portugal
As bandeiras do Brasil e de Israel tiveram a companhia da de outro país no evento de hoje na Avenida Paulista: Portugal. Uma família empunhou a flâmula lusitana durante a manifestação.
A bandeira portuguesa teve vez em manifestação no Brasil justamente no dia em que um jornalista lusitano enfrentou problemas com a Polícia Federal. Em viagem para cobrir o ato deste domingo na Avenida Paulista, Sérgio Tavares chegou a ser impedido de deixar o Aeroporto de Guarulhos (SP) e teve o passaporte apreendido.
Tavares foi levado a uma delegacia de São Paulo. Orientado por seu advogado, ele permaneceu em silêncio. Posteriormente, acabou liberado e pode se dirigir à Avenida Paulista para acompanhar o ato em prol da democracia.
O partido político Alternativa Democrática Nacional, de Portugal, criticou o tratamento dado ao jornalista. De acordo com a legenda, a forma pela qual Tavares foi abordado pelas autoridades ao desembarcar em Guarulhos representa a “ditadura no Brasil”.
Ato pela democracia
Com multidão a postos na Avenida Paulista neste domingo, o ato pela democracia contou com a participação de políticos. Discursaram o senador Magno Malta (PL-ES), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG). A ex-primeira-dama do Brasil e atual presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, também falou, assim como o pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do evento.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o último a discursar de cima do trio elétrico montado na esquina da Avenida Paulista com a Rua Peixoto Gomide. Ele defendeu a liberdade e a democracia.
Fonte: Revista Oeste