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Bolsonaro diz que sofreu ‘perseguição implacável’ do TSE

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que sofreu perseguição implacável do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao comentar a declaração do ministro Luís Roberto Barroso, do qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que também fez parte do TSE, feita em evento da União Nacional de Estudantes (UNE) em 12 de julho. “Derrotamos o bolsonarismo”, disse Barroso.

Em entrevista para O Estado Play, jornal de Mato Grosso do Sul, na noite de terça-feira 18, Bolsonaro respondeu especificamente sobre Barroso.publicidade

“O ministro, obviamente, não foi para as ruas pedir voto para o Lula, que tá na cara que ele votou no Lula, dado o que ele falou. Ele é uma pessoa que não arrebanha multidão em lugar nenhum”, afirmou. “Então só tem uma resposta: foi com o trabalho dele dentro do TSE. Afinal de contas, ele, enquanto ministro do TSE, criou lá atrás aquela comissão de transparência eleitoral, que de transparência não tinha nada. Tudo o que as Forças Armadas pediam para o TSE era negado ou simplesmente não era respondido.”

Em 2021, quando era presidente do TSE, Barroso criou a Comissão de Transparência das Eleições para acompanhar os procedimentos de preparação das urnas eletrônicas para as eleições.

Bolsonaro também comentou a série de derrotas que sofreu no TSE durante a campanha. “Eles não permitiram fazer live de dentro da minha residência, não permitiram que colocasse no horário eleitoral gratuito o Lula defendendo o aborto, não permitiram que eu colocasse a amizade dele com Maduro e com Ortega, ditador da Nicarágua, não permitiram colocar Lula agradecendo a Deus pelo vírus da covid-19”, listou o ex-presidente.

Em seguida, concluiu: “Foi uma perseguição implacável. O TSE se comportou como um partido político muito ativo contra a minha pessoa. Então, o que ele [Barroso] falou, que derrotou, é o candidato Jair Bolsonaro nas urnas dele. Nas ruas, não fomos derrotados.”

Depois da declaração de Barroso no evento da UNE, parlamentares da oposição pretendem pedir o impeachment do ministro, e dezenas de manifestações de juristas e de políticos condenaram a fala.

O STF divulgou nota em que afirma que a declaração de Barroso se referia ao voto popular, e não a uma atuação institucional. O próprio ministro, depois das críticas, afirmou que não teve a intenção de “ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima”.

Fonte: Revista Oeste

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