A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o documento apreendido na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
A manifestação ocorre depois que o ministro Benedito Gonçalves autorizou a inclusão da minuta em uma ação contra Bolsonaro. O magistrado atendeu a um pedido do PDT em um processo que apura o encontro de Bolsonaro com embaixadores em julho de 2022. Na avaliação de Gonçalves, o documento pode ter relação com os fatos investigados no processo.
Os advogados de Bolsonaro alegaram que a minuta apreendida é “apócrifa” e não foi encontrada com o ex-chefe do Executivo. Eles afirmaram que não há atos concretos ou indícios de que o ex-presidente tenha agido para que “providências supostamente pretendidas pelo documento fossem materializadas”. Por isso, a defesa pede que o documento seja desconsiderado, já que não possui relação com a investigação em curso na Corte.
A manifestação de Bolsonaro encaminhada ao TSE é assinada pelos advogados que atuaram na campanha eleitoral do ex-presidente.
“Além do mais, não há qualquer evidência ou notícia de que dele se tenha dado conhecimento a qualquer autoridade ou cidadão, e, pelo que se sabe a partir de coberturas jornalísticas, em fidedigna tese, pode muito bem ter sido deixado numa pilha de papéis indistintos e impertinentes destinados ao descarte ou à destruição na residência privada do ex-ministro de Estado da Justiça Anderson Torres.”
Para pedir a desconsideração da minuta, a defesa alega que ela “não foi encontrada em posse dos investigados, nem assinada por eles” e que “nunca extravasou o plano da cogitação”.
Fonte: Revista Oeste