Depois de algumas semanas de relativa calmaria, a Rússia bombardeou nesta quinta-feira, 9, a capital ucraniana Kiev e cidades de várias regiões, visando principalmente estruturas civis, segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Em um intenso bombardeio, o governo russo lançou dezenas de drones e mísseis, incluindo seis mísseis hipersônicos Kinzhal.
Em Kiev, os moradores foram acordados por explosões, e um alerta de ataque aéreo de sete horas durante a noite foi o mais longo em cinco meses. Além da capital, as principais regiões atingidas foram Kharkiv, no leste, e Odessa, sul.
Ao menos seis pessoas morreram nos ataques, de acordo com o governo ucraniano. Entre as mortes, pelo menos cinco foram registradas um ataque com míssil em uma área residencial na região oeste de Lviv. Segundo a Reuters, o local fica distante 700 quilômetros de qualquer área militar. Outro civil foi morto na região de Dnipro.
Falta eletricidade e água para parte da população nas regiões atingidas pelos bombardeios. A usina nuclear de Zaporizhzhya também está sem energia.
O governador de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, relatou mais de 15 ataques. O governador de Odesa informou danos graves em instalações de energia e também em edifícios residenciais. Explosões também foram relatadas nas cidades de Dnieper, Lutsk e Rivne.
O governo russo afirma que sua campanha de visar a infraestrutura da Ucrânia longe da frente visa reduzir sua capacidade de combate. Kiev diz que os ataques aéreos não têm propósito militar e visam prejudicar civis, um crime de guerra.
“Os ocupantes só podem aterrorizar os civis. Isso é tudo o que podem fazer. Mas isso não os ajudará. Eles não vão evitar a responsabilidade por tudo o que fizeram”, disse Zelensky, sobre o bombardeio. No comunicado, também afirma que obras de infraestrutura e edifícios residenciais em 10 regiões foram atingidos.
Especialistas em segurança afirmam que além dos seis mísseis hipersônicos kinzhal disparados nesta quinta-feira, a Rússia deve ter apenas algumas dezenas de outros mísseis. Esse tipo de armamento comumente é referenciado por Vladimir Putin “como uma arma para a qual a Otan [aliança militar ocidental] não tem resposta”.
Fonte: Revista Oeste