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Boulos, Gleisi, Janja: surgem os primeiros nomes do governo de transição de Lula

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), coordenador-geral do governo de transição, deve iniciar as nomeações da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a partir desta quarta-feira (9). É o que informou nesta segunda-feira (7) o chefe de gabinete da liderança do PT no Senado, Wilmar Lacerda, segundo informações do site G1.

Mas alguns nomes já são conhecidos. O ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) vai coordenar os trabalhos dos núcleos temáticos. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, deve cuidar das relações institucionais. De acordo com o G1, o gabinete de transição contará com quatro coordenações e 28 núcleos temáticos.

O procurador da Fazenda Nacional Jorge Messias, o “Bessias”, vai assessorar o trabalho de elaboração dos atos jurídicos da campanha. O servidor ficou conhecido em março de 2016, quando o então juiz federal Sergio Moro tornou público um grampo telefônico de uma conversa entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff (PT). Na conversa, Dilma dizia estar enviando a Lula um termo de posse já assinado para que ele fosse nomeado para a Casa Civil.

Outro que integrará o gabinete de transição é o deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP), que confirmou o convite em suas redes sociais. Segundo o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ele deve assumir o núcleo de “Cidades e Habitação”.

“Participarei da equipe de transição de governo para ajudar o presidente Lula no debate sobre a área de Cidades e Habitação. Vamos virar a página do pior governo da nossa história!”, escreveu em seu perfil no Twitter. “Estarei na equipe como presidente da Federação [partidária] PSOL/Rede, junto com Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL”, complementou.

A futura primeira-dama, Rosângela Silva, a “Janja”, vai coordenar os preparativos da posse presidencial e será a responsável pelas decisões da cerimônia de 1º de janeiro, aponta o G1. Ainda de acordo Lacerda, além dos 50 nomes de livre nomeação que integrarão a equipe de transição de forma remunerada, a equipe também contará com colaboradores “virtuais e voluntários”.

Lacerda calcula que mais de 100 pessoas podem participar da montagem do novo governo. Por esse motivo, a equipe de transição solicitou ao Banco do Brasil a cessão de mais espaço além do segundo andar do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde despacha o governo eleito. O gabinete deve ocupar o primeiro andar e há possibilidade de utilizar espaço também no térreo do prédio.

Governo de transição não garante ministérios a coordenadores da equipe

Os coordenadores e demais integrantes da equipe de transição não necessariamente ocuparão ministérios ou secretarias no governo Lula, segundo afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) nesta segunda. “Será muito difícil. Acho pouco provável”, afirmou ao chegar ao CCBB, segundo informa o site UOL.

“O grupo de transição é, sobretudo, mais técnico para juntar informações para subsidiar as decisões do presidente e do vice. Nenhum dos nomes que constam na transição, vinculadamente, vai assumir qualquer cargo no governo futuro. Isso foi deixado claro pelo presidente [eleito], pelo vice-presidente [eleito]”, declarou.

Aliado de Lula, o senador reforçou que nenhum ministério está definido e que os únicos nomes confirmados no governo eleito são os de Alckmin, o vice, e Janja, a primeira-dama. Tampouco está definido o coordenador do núcleo econômico nem o futuro ministro da Fazenda do governo petista.

O senador foi questionado se o economista Pérsio Arida, um dos criadores do Plano Real, participaria da equipe de transição. Randolfe disse que não sabia, mas elogiou o ex-integrante do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “É um nome que, com certeza, teria muito a contribuir”, ponderou.

Fonte: Gazeta do Povo

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