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Chanceler de Israel volta a cobrar pedido de desculpa de Lula: ‘Não é tarde para aprender História’

Para ministro israelense, fala de Lula é ‘promíscua e delirante’ e representa um ‘cuspe’ no rosto dos judeus brasileiros 

Em publicação feita no Twitter/X na manhã desta terça-feira, 20, o chanceler de Israel, Israel Katz, cobrou novamente um pedido de desculpa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No domingo 18, Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto nazista contra os judeus, na Segunda Guerra Mundial.

Katz categorizou a fala de Lula como “promíscua e delirante” e afirmou que a postura do presidente no episódio foi um “cuspe” no rosto dos judeus brasileiros. 

No texto, escrito em português, o ministro reiterou que Lula continuará sendo persona non grata em Israel. “Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até então – continuará sendo persona non grata em Israel!”

Presidente do Brasil @LulaOficial,

Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler?

É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez? Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como…— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) February 20, 2024

Declaração de Lula sobre Israel desencadeou crise diplomática

A fala de Lula foi feita durante uma entrevista em Adis Abeba, capital da Etiópia, no domingo 18. A declaração foi o estopim para uma série de turbulências diplomáticas entre Brasil e Israel. Mesmo depois da volta de Lula à Presidência em 2023 até o episódio, os dois países mantinham uma relação diplomática razoável.

Na segunda-feira 19, o chanceler Israel Katz declarou que Lula agora é persona non grata em Israel. Em resposta, o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, disse que o posicionamento da nação é “absurdo” e que Lula não vai pedir desculpa. Na visão de Amorim, quem deve pedir desculpa é Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou as palavras de Lula, ao afirmar que ele “cruzou uma linha vermelha” e “banalizou” o Holocausto. Netanyahu convocou ainda o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, para uma reprimenda.

Em resposta, Lula, em vez de uma retratação, repreendeu o embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, e convocou Meyer para realizar “consultas”. Com o retorno de Meyer ao Brasil, a possibilidade de uma solução diplomática entre os dois países torna-se mais distante.

Diante da tensão internacional, mais de cem deputados federais assinaram o pedido de impeachment de Lula. Os parlamentares alegam que as declarações do petista configuram crime de responsabilidade, de acordo com o artigo 5º da Lei dos Crimes de Responsabilidade. O pedido é liderado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Fonte: Revista Oeste

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