Uma das maiores cheias da história do rio Tocantins desabrigou ou desalojou 2.975 famílias no município de Marabá, no sudeste do Pará. Em uma semana, o rio subiu sete metros e também afetou 435 famílias ribeirinhas da região.
De acordo com informações de Defesa Civil, o rio está três metros acima do que a cota de alerta estabelecida. Isso levou o órgão a se revezar em três turnos para transportar as famílias atingidas para abrigos. A operação conta ainda com apoio do Exército e da Marinha.
Outro problema enfrentado pelo município foi a antecipação das cheias, que costumam acontecer nos meses de fevereiro e março. Essa situação lotou a capacidade de 18 abrigos oficiais na cidade e outros dois não oficiais.
De acordo com o boletim da Agência Nacional de Água e Saneamento Básico, que monitora os níveis da hidrelétrica de Tucuruí, a cheia utiliza 96% da capacidade dos reservatórios de água da unidade. “Na primeira quinzena de janeiro de 2022, as chuvas já superam 80% do esperado para todo o mês”, ressalta o boletim.
Marabá em situação de emergência
A cheia do Tocantins levou o governo do estado a decretar situação de emergência em Marabá e outras 16 cidades. A prefeitura da cidade reforçou a vacinação contra Covid-19 e gripe nos abrigos da cidade. O objetivo é evitar surtos de doenças entre as famílias atingidas.
Além disso, foram enviadas mil cestas básicas, 500 colchões e cerca de 5.000 produtos de higiene e limpeza para a região. O governo também está fazendo um cadastramento para pagar um salário mínimo para as famílias com imóveis diretamente atingidos pelas cheias.
O governador do estado, Helder Barbalho (MDB), afirmou pelas redes sociais que irá se reunir com o Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e com a prefeitura da cidade para definir outras ações de apoio a empresários e comerciantes da região.
“Empresários, cooperativas e sociedades empresárias com sede na cidade de Marabá ficarão isentas pelo prazo de 30 dias do pagamento de taxa para a Jucepa [Junta Comercial do Pará], considerando o estado de emergência no município”, afirma ele.
Fonte: Mais Goiás