A mais recente afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não repercutiu bem entre a comunidade judaica. Na madrugada desta terça-feira, 14, ao receber o grupo de 32 pessoas que estava na Faixa de Gaza, o petista afirmou que, assim como o Hamas, Israel teria cometido atos de terrorismo. A fala foi alvo de críticas por parte da Confederação Israelita no Brasil (Conib).
Para a entidade, o presidente brasileiro foi além de cometer um erro ao tentar equiparar as ações criminosas por parte do movimento terrorista Hamas e Israel, país do Oriente Médio que foi invadido por terroristas em 7 de outubro. Na ocasião, extremistas islâmicos sequestraram, estupraram e assassinaram centenas de pessoas. Ao todo, cerca de 1,5 mil civis foram mortos, incluindo três brasileiros.
“A fala de hoje do presidente Lula, equiparando as ações de Israel às do grupo terrorista Hamas, é equivocada e perigosa”, afirmou a Conib, por meio de postagem no Twitter/X.
O posicionamento por parte da Conib tornou-se público no início da noite de segunda-feira 12. Ou seja, antes mesmo da tal fala do petista. Isso porque, horas antes, Lula já havia sinalizado o que pensa a respeito da guerra deflagrada no Oriente Médio. De acordo com o brasileiro, Israel, país invadido por terroristas, tem culpa. “Israelenses estão matando inocentes sem nenhum critério”, disse o presidente durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Ele, contudo, não apresentou referências e fontes para fazer tal acusação contra Israel. Lula não indicou, por exemplo, se teve como base dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, órgão que está sob controle dos terroristas do Hamas — assim como todo o enclave palestino.
De acordo com a Conib, as recentes afirmações de Lula “estimulam entre seus muitos seguidores uma visão distorcida e radicalizada do conflito”. Ainda conforme a entidade, a postura de Lula contra Israel ocorre “no momento em que os próprios órgãos de segurança do governo brasileiro atuam com competência para prender a rede terrorista que planejava atentados contra judeus no Brasil.”
O comunicado da Conib não ficou restrita, no entanto, a críticas ao presidente da República. Posicionando-se em nome da comunidade judaica, a confederação fez dois pedidos às autoridades do país: equilíbrio e atuação serena.
Fonte: Revista Oeste