O republicano Ron DeSantis foi reeleito para mais quatro anos como governador da Flórida e é considerado o “grande vencedor” das eleições de meio mandato, as midterms, realizadas na terça-feira 8. Ele conseguiu mais de 59% dos votos sobre o democrata Charlie Crist, que ficou com 40%.
Com a vitória, ele se torna um potencial candidato à Casa Branca, em 2024, embora o próprio ex-presidente Donald Trump também já tenha dito que poderia disputar o cargo novamente. Um crítico das medidas restritivas durante a pandemia, ele disse, em seu discurso de posse, que em seu governo, “a liberdade veio para ficar”.
DeSantis, 44 anos, ingressou na política em 2012, quando foi eleito para a Câmara dos Representantes. Em 2018, elegeu-se para o governo da Flórida e ganhou muita notoriedade e admiração ao questionar os controles impostos a partir de 2020, como o uso obrigatório de máscaras e vacinação obrigatória.
Nos seus quatro anos à frente do governo da Flórida, adotou várias políticas conservadoras, conseguindo aprovar leis para impedir o aborto até 15 semanas, obrigando as escolas a reservarem carga horária para falar sobre os crimes cometidos por regimes comunistas e a proibição de ensinar crianças sobre ideologia de gênero.
Os resultados destas eleições superam muito sua votação em 2018, quando venceu por meio ponto porcentual. Agora também venceu no condado de Miami-Dade, o mais populoso da Flórida, no qual fazia 20 anos que um republicano não ganhava uma eleição, e aumentou a votação entre mulheres e latinos.
Ao vencer, Ron DeSantis se declarou, mais uma vez, um defensor da liberdade e das pautas conservadoras. “A Flórida foi um refúgio de sanidade quando o mundo enlouqueceu. Fomos a cidadela da liberdade para o povo deste país e, na verdade, do mundo inteiro”, disse no discurso de vitória.
“Enfrentamos ataques, recebemos golpes. Enfrentamos as tempestades, mas nos mantivemos firmes. Não recuamos. Tivemos a convicção de nos guiar e tivemos a coragem de liderar”, acrescentou.
DeSantis nasceu em Jacksonville, na Flórida, em 1978, estudou história na Universidade de Yale, onde foi capitão do time de beisebol, e logo depois entrou na faculdade de direito de Harvard.
Durante seu segundo ano na faculdade de Direito, ele foi designado para o departamento jurídico da Marinha dos EUA, onde trabalhou com detentos na prisão de Guantánamo. Ele também foi consultor jurídico dos Navy Seals, o grupo de elite da Marinha americana, enviados ao Iraque.
Fonte: Revista Oeste