A Defesa Civil informou, nesta segunda-feira (31), algumas das medidas que serão adotadas na chamada ‘Operação Nordeste Solidário’, cujo objetivo é evitar desastres e danos à municípios goianos durante o período de chuvas em Goiás, especialmente na região nordeste do Estado. Uma das ações, será o monitoramento do nível da água dos rios através de sensores.
“Vamos colocar sensores ali que vão monitorar mudanças do volume dos rios, subida das águas, alagamentos, e dentro dessas áreas que tiverem o avanço de rios e águas, nós teremos que tirar algumas pessoas”, explicou o coordenador da Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Washington.
A expectativa é que, através desse monitoramento, as equipes antecipem quais regiões têm maior risco de enchentes para intervir. Caso necessário, a Defesa Civil não descarta a possibilidade de ter que retirar moradores de suas casas e levá-los para um abrigo temporariamente. Inclusive, um estádio da cidade de Teresina de Goiás já está reservado para isso, com os insumos necessários, como alimentos, cobertores, colchões e medicamentos.
A ação foi planejada com base em levantamentos realizados pela Defesa Civil e pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a partir das ocorrências registradas na última temporada de chuvas, em 2021, quando 24 cidades goianas decretaram situação de emergência e cerca de 20 mil pessoas sofreram com os estragos causados pelas chuvas.
Os últimos estudos indicam que cerca de 19 mil pessoas podem ser afetadas direta ou indiretamente com os efeitos das fortes chuvas. Entre os municípios classificados de alto risco, estão: Cavalcante, Nova Roma, Alto Paraíso, São João D`Aliança, Água Fria de Goiás, Niquelândia, Mimoso de Goiás, Formosa, Uruaçu, Hidrolina, São Luiz do Norte, Pilar de Goiás, Teresina de Goiás e Itapaci.
Cadastramento de famílias durante período de chuvas
O coordenador da Defesa Civil também explicou que, neste primeiro momento, as equipes que integram a ‘Operação Nordeste Solidário’ vão realizar o cadastramento de famílias que vivem em regiões de alto grau de risco.
“Nós temos uma normalidade de chuvas na região nordeste, que é de 80 a 120 milímetros no mês. As previsões indicam tempestades de 500 milímetros em um momento só. É algo que assusta a gente, pela quantidade de chuvas em um momento só. São as chuvas pontuais que nos preocupam”, disse o comandante Washington.
Conforme o gerente do Cimehgo, André Amorim, previsões indicam que as chuvas devem atingir 70 municípios das regiões Centro, Norte e Nordeste. Tempestades irregulares e volumosas acontecem devido ao fenômeno La Niña.
Ajuda federal
O Governo de Goiás informou, ainda, que vai incentivar que cada prefeitura desenvolva a Defesa Civil municipal. Objetivo é que o trabalho de mapeamento de áreas de risco e atendimento à população seja feito de forma mais completa nos anos seguintes.
Além disso, o governador Ronaldo Caiado afirmou que não descarta a possibilidade de dialogar com o Governo Federal para buscar recursos, caso precise reparar algum eventual dano causado pelas chuvas.
Fonte: Mais Goiás