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Derrota para Lula e Lira: Projeto da Censura é adiado

O presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL), adiou a votação do Projeto de Lei (PL) da Censura. O ato ocorreu na noite desta terça-feira, 2, depois que o relator da proposta, deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), pediu a Lira que retirasse a matéria da pauta, pois gostaria de ter mais tempo para analisar as propostas enviadas por partidos de esquerda.

Em seguida, o deputado alagoano pediu que os líderes partidários fossem até a Mesa Diretora para conversar sobre o assunto. “Colocar em pauta, ou não, é prerrogativa do presidente da Casa”, disse Lira.

Depois de escutar a todos, Lira referendou a decisão. “Ouvindo atentamente o pedido do relator, que, para mim, já era suficiente, vou adiar a votação”, anunciou. O ato impôs a primeira derrota do presidente Lula no Poder Legislativo. Ainda não existe uma data para a votação da proposta

Quase 10 R$ bilhões para aprovar o Projeto da Censura

Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: José Cruz/Agência Brasil

A ação do governo para adiar a votação é uma sinalização de que não haveria apoio suficiente para aprovar a proposta. Lula tentou de tudo, até mesmo a liberação de quase R$ 10 bilhões em emendas de relator para os deputados. Tudo isso para garantir, pelo menos, 257 votos.

No entanto, em apenas uma semana, a oposição articulou para reprovar a proposta. Até a tarde de hoje, segundo interlocutores, a oposição havia conseguido reverter 267 votos contra o PL da Censura.

“Se não houve votação neste Plenário, foi por que existe uma bancada de oposição que pressionou vários deputados neste final de semana”, afirmou o deputado federal Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). “Não vamos permitir que o Supremo Tribunal Federal legisle. Respeitamos o Judiciário e o Executivo, mas não desrespeitem o Parlamento.”

Conforme noticiou Oeste, Sóstenes teve um desentendimento com Lira na última noite. A confusão aconteceu em um grupo de WhatsApp.

Fonte: Revista Oeste

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