O anúncio dos vencedores, os norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun, foi feito na manhã desta segunda-feira, 7, na Suécia
O Prêmio Nobel de Medicina de 2024 foi concedido aos cientistas norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun por suas descobertas no campo dos microRNAs, pequenas moléculas de RNA que regulam a expressão gênica. O anúncio dos vencedores foi feito na manhã desta segunda-feira, 7, na Assembleia do Nobel, no Instituto Karolinska, na Suécia.
De acordo com os cientistas, os microRNAs desempenham um papel crucial em processos biológicos fundamentais e têm implicações significativas na saúde humana, incluindo o desenvolvimento de doenças, como o câncer.
Os laureados deste ano vão dividir o prêmio, no valor de 11 milhões de coroas suecas (o equivalente a R$ 5,8 milhões). Ambos desvendaram o papel “na regulação genética pós-transcricional”, que consiste em um processo essencial para o desenvolvimento das células do organismo. Esse avanço permite, por exemplo, o desenvolvimento de novos tratamentos médicos, mais eficazes e personalizados.
A história e a importância do Prêmio Nobel
Embora minúsculos, os microRNAs têm uma influência poderosa na biologia celular. Descobertos na década de 1990, eles rapidamente se tornaram um foco de intensa pesquisa. Sua capacidade de regular a expressão de genes os torna peças-chave no entendimento de processos celulares complexos e na busca por intervenções terapêuticas inovadoras.
Colaboração internacional e avanços científicos
O Prêmio Nobel é uma das mais prestigiadas distinções científicas, concedido anualmente a indivíduos ou grupos que fizeram descobertas de grande impacto para a humanidade. Instituído por Alfred Nobel, em 1895, o prêmio tem uma longa tradição em destacar conquistas notáveis em diversas áreas científicas.
Desde 1901, foram distribuídos mais de cem Prêmios Nobel em Fisiologia ou Medicina, como a comunidade científica denomina oficialmente a distinção.
A Universidade Harvard homenageou os vencedores do prêmio, especialmente Gary Ruvkun, membro da Escola de Medicina da instituição. “As descobertas de Ruvkun e Ambros desencadearam uma revolução na medicina de RNA”, disse o centro de estudos.
Fonte: Revista Oeste