Destaque Política

Dino: ‘PF vai analisar possíveis crimes da Lava Jato’

Relatório preliminar do CNJ detectou uma ‘gestão caótica’ na operação

O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou, nesta segunda-feira, 18, que vai criar um grupo de trabalho para investigar movimentações financeiras que aconteceram na 13ª Vara Federal de Curitiba, na Operação Lava Jato.

Conforme o ministro, a decisão aconteceu depois que um relatório preliminar da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) detectou, entre outras questões, “uma gestão caótica no controle de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência firmados com o Ministério Público Federal e homologados pelo juízo da 13ª Vara Federal”.

“Recebi ofício do corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, encaminhando relatório da investigação administrativa realizada sobre procedimentos de movimentação financeira na 13ª Vara Federal do Paraná, quando da ‘Operação Lava Jato”, publicou Dino em seu perfil nas redes sociais.

Segundo o ministro, Salomão sugeriu ainda adotar uma cooperação jurídica internacional. “Além de concordar com tal proposta, enviarei o relatório da corregedoria para análise da Polícia Federal, no tocante a possíveis crimes perpetrados acercar da destinação dos recursos financeiros manuseados pela ‘Lava Jato’”, concluiu o ministro.

Análise do CNJ sobre a Lava Jato

A apuração preliminar do CNJ terminou na quinta-feira 14. O órgão informou que identificou “hipótese de fato administrativo com possível repercussão disciplinar”. Conforme a investigação, informações obtidas pela corregedoria indicam a “falta do dever de cautela, de transparência, de imparcialidade e de prudência de magistrados”.

O CNJ afirmou ainda que o “estudo do conjunto aponta para a ocorrência das infrações e para a necessidade de aprofundamento e expansão do foco”.

Ex-juiz da Lava Jato, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) se defendeu nas redes sociais das afirmações do CNJ. De acordo com Moro, as acusações se referem a uma “mera opinião preliminar da corregedoria do CNJ sem base em fatos”.

“Chama a atenção a opinião da corregedoria de que os valores depositados em juízo não deveriam ser devolvidos à Petrobras antes do trânsito em julgado”, publicou o senador na sexta-feira 15. “Os acordos homologados em Curitiba seguiram o padrão dos acordos homologados no Supremo Tribunal Federal.”

Fonte: Revista Oeste

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *