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Elon Musk diz que vai dar internet de graça a escolas se Lula romper com Starlink

Declaração é uma resposta ao governo, que ‘avalia’ dar fim à parceria com a empresa que oferece internet banda larga de alta potência

O dono do Twitter/X, Elon Musk, afirmou que vai fornecer internet gratuita a todas as escolas do Brasil se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quebrar os contratos com a Starlink, empresa de internet por satélite criada pelo empresário sul-africano. Ele deu a declaração na noite desta segunda-feira, 8, em resposta ao ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, que disse que o governo federal avalia suspender os contratos com a Starlink.

“A Starlink vai fornecer internet grátis para as escolas no Brasil se o governo não honrar com o seu contrato”, afirmou o fundador do Twitter/X.

Empresa de Elon Musk reduz pela metade preço do pacote de internet aos brasileiros

Mais cedo, a Starlink anunciou uma oferta de desconto em pacotes de internet para clientes do Brasil. O valor do kit da empresa caiu pela metade. A mensalidade, sem impostos, será de R$ 184 até 30 de abril.

O anúncio ocorre em meio à tensão entre Elon Musk e o o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Tudo começou na madrugada do sábado 6, quando o dono da plataforma interpelou o magistrado sobre a escalada de autoritarismo no país.

“Por que você está determinando tanta censura no Brasil?”, perguntou Elon Musk, no tuíte em que Alexandre de Moraes parabeniza Ricardo Lewandowski por sua chegada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em resposta, o magistrado determinou a inclusão do dono do Twitter/X como investigado no inquérito das milícias digitais.

Starlink lidera a internet por satélite no Brasil e atende a milhares de escolas

A Starlink é líder em internet por satélite no Brasil. Até julho do ano passado, 90% das cidades da região usavam provedores de banda larga fixa por satélite da empresa de Elon Musk.

Ela é a única companhia no país capaz de atender às exigências do Ministério da Educação (MEC) para levar internet via satélite a 40 mil colégios de regiões mais afastadas, como os Estados da Amazônia Legal.

As escolas fazem parte da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, cujo objetivo é levar internet para 138 mil instituições públicas de ensino. O MEC exige uma velocidade mínima de 50 Mb/s na maior parte do tempo.

A mudança de regra foi realizada em agosto, um mês antes do lançamento do programa. No Brasil, nenhuma outra empresa de internet via satélite é capaz de oferecer essa velocidade. Até a estatal Telebras fica impossibilitada de participar da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas.

A parceria com a Starlink aconteceu durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) para que a empresa levasse internet para 19 mil escolas de áreas rurais no Brasil. O acordo também tratava sobre o monitoramento do desmatamento e dos incêndios ilegais na Amazônia.

Fonte: Revista Oeste

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