Dono do Twitter/X ainda não recebeu resposta do ministro do STF
Os usuários que acessaram o Twitter/X na madrugada deste sábado, 6, depararam com uma cena inusitada: o dono da plataforma, Elon Musk, interpelou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a escalada de autoritarismo no país.
“Por que você está determinando tanta censura no Brasil?”, perguntou Elon Musk, no tuíte em que o magistrado parabeniza Ricardo Lewandowski por sua chegada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A publicação de Alexandre de Moraes é de 11 de janeiro deste ano, quase três meses antes da pergunta do bilionário sul-africano.
Why are you demanding so much censorship in Brazil?— Elon Musk (@elonmusk) April 6, 2024
Elon Musk está atento à política brasileira
Não é a primeira vez que o dono do Twitter/X se manifesta sobre a política do país. A mais recente delas ocorreu em 21 de março, quando classificou como “preocupante” a condenação da professora aposentada Iraci Nagoshi, de 71 anos, pelo STF. Ela terá de passar os próximos 14 de sua vida na cadeia.
A mulher foi detida no interior do Palácio do Planalto, onde se refugiou das bombas de efeito moral, durante o 8 de janeiro de 2023. Conforme a defesa de Iraci, a ex-docente não cometeu atos de vandalismo.
Concerning— Elon Musk (@elonmusk) March 21, 2024
Oito dias antes, Elon Musk voltou ao Twitter/X para criticar a punição imposta ao motoboy Wellington Luiz Firmino, que participou das manifestações na Praça dos Três Poderes.
“Punição superior ao crime”, afirmou o bilionário. O comentário seguiu-se em resposta à publicação do jornalista malasiano Ian Miles Cheong, que se apresenta na plataforma com a frase: “Digo a parte silenciosa em voz alta”.
Unless something is missing here, the punishment is far in excess of the crime— Elon Musk (@elonmusk) March 13, 2024
Cheong, com quase 1 milhão de seguidores, expôs a decisão da Corte brasileira, que condenou Wellington Luiz Firmino à pena de 17 anos. O motoboy, de Sorocaba, no interior de São Paulo, filmou de cima de uma torre do Congresso Nacional as manifestações do 8 de janeiro.
Fonte: Revista Oeste